A 1ª parte foi das mais paupérrimas que há memória, mas se era para ter uma 2ª parte destas, valeu certamente a espera. O Estrela ajustou, percebeu onde melhorar e foi quem mais mereceu a vitória nuns segundos 45 minutos loucos e de grande emoção. No final, a vitória por 3-1 sobre o Boavista foi mais que justa. Ambas as equipas chegavam a este jogo com mais de mão cheia de ausências, pelos diversos motivos, entre lesões e castigos, e havia, por isso, algumas novidades nos onzes titular. Sérgio Vieira tinha novidades em todos os setores, enquanto Petit viu Abascal recuperar a tempo, o único central de raiz disponível a ir a jogo. Depois de uma das piores, se não a pior, exibições da temporada, frente ao Arouca (0-4), Petit regressava, apesar das muitas limitações com lesões e castigos, ao sistema de três centrais, com Pedro Malheiro a servir de central descaído para a direita, Agra de ala direito e Bruno Onyemaechi na esquerda e isso levou a que existisse um grande encaixe tático entre Panteras e Estrelistas, a nível tático. 1ª parte muito pobre @Filipe Amorim / Kapta+ Sem conseguir ligar jogo, o Estrela precisava que os seus avançados fossem mais ativos. André Luiz ainda marcou aos 23', numa das primeiras vezes em que explorou a diagonal entre o central e ala, mas foi anulado prontamente por fora de jogo, e foi esse movimento, especialmente na direita axadrezada, onde Malheiro estava claramente desconfortável nesta missão de terceiro central, que causou os poucos desequilíbrios da 1ª parte, embora quase sempre inofensivos pelo controlo da profundidade de Abascal. Do outro lado, o Boavista ainda menos inofensivo foi e só ameaçou num livre direto de Agra, defendido por Dida, aos 38'. Era preciso muito, mas muito mais, para as equipas retirarem algo de um jogo que ia deixando bastante a desejar e cedo se percebeu que ambas o queriam fazer. Sérgio Vieira colocou Kikas ao intervalo e este fez logo a diferença ao baixar na construção para ligar setores, mas não era só essa a diferença. Além dos alas estarem mais ativos, de ambos os lados, no caso do Estrela os extremos estavam a aproveitar as descidas de Kikas e subidas dos alas para fazer mais diagonais e permutas e isso fez toda a diferença, ao ponto de, aos 52', Ronald ter surgido bem na direita, cruzou rasteiro para a entrada da área e Jabá faturou. Intensidade com bola melhorou 2ª parte @Filipe Amorim / Kapta+ Depois da pobreza da 1ª parte vivíamos, agora, uma autêntica incógnita na partida, mas daquelas positivas, onde não se percebia para quem podia pender o jogo, por mérito das equipas, mas foi o Estrela quem foi feliz e, pouco depois, aos 78', foi também feliz num canto e marcou num auto golo de Abascal, azarado. Contudo, o Estrela não se ficou aqui, percebeu que os axadrezados estavam a arriscar cada vez mais pelas alas e aproveitaram esse espaço. Aos 84', Regis abriu o livro na direita, trocou as voltas a um defesa com um drible alucinante e cruzou para uma grande finalização de Kikas, o 3-1. O Boavista ainda tentou relançar a partida nos 10 minutos (com compensação) finais, mas Dida mostrou-se bem entre os postes e o Estrela mereceu a vitória por 3-1, para terminar a série de quatro jogos sem vencer e prolongar a do Boavista (seis).Pobreza criativa
Que diferença!