“Obrigações podem finalmente competir com ações”, diz analista da abrdn

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A abrdn destaca que as yields das obrigações soberanas e corporativas estão a subir.

A abrdn defende que “chegou a altura” das obrigações “tomarem o seu devido lugar em portfólios diversificados”.

O mercado de obrigações tem estado animado nos últimos dias, antes da descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), o que poderá acontecer na próxima reunião no início de junho. Portugal, Montepio, EDP, CUF e Fidelidade estão todos no mercado a financiarem-se antes que as taxas de juro desçam.

Numa nota divulgada esta quarta-feira, o analista Roger Webb destaca que a dívida investment grade nos EUA e UK estão a oferecer yields acima de 5%; em mercados com yields mais elevadas, estas atingem mais de 7%.

As obrigações soberanas “estão em níveis significativamente acima dos últimos 10 anos. Como resultado, podem finalmente competir com ações como  uma classe de ativos geradora de yields“.

“Enquanto outros ativos oferecem rendimento e margem para ganhos de capital, as obrigações podem agora tomar o seu lugar devido em portefólios diversificados. Acreditamos que oferecm uma fonte de rendimento de baixo risco”, pode ler-se.

O analista aponta que existem riscos, mas que as yields disponíveis “oferecem uma quantidade decente de conforto, assim como o potencial” para gerar rendimentos que superam a inflação. “Num mundo de incerteza, pensamos que o caso para deter obrigações é mais forte agora”.

A abrdn destaca que o “enorme universo de obrigações oferece algo para todos”, com destaque para a dívida corporativa que oferece yields de 8%. “Apesar de o mercado ter riscos, se a economia global abrandar, também oferece margem para a melhoria de capital se a situação macro continuar a melhorar”.

Já a dívida soberana pode “mais uma vez, oferecer potencial de estabilidade num portfólio diversificado de ativos arriscados”, com o risco para este ativo a ser a melhoria económica, com o crescimento a melhorar e a inflação a aumentar novamente.

“Obrigações de todos os tamanhos e formas estão a regressar à popularidade. As yields são competitivas e relativamente atrativas; os mercados são líquidos e acessíveis, e a volatilidade das obrigações devem ser materialmente mais baixas do que a volatilidade das ações”, resume.

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