O presidente da IL recordou que Luís Montenegro “já tinha dito que não é liberal, mas não esperava que se tornasse socialista tão depressa”. Na resposta, o primeiro-ministro acusou os liberais de incoerência.
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, intervém durante a sessão plenária de discussão do programa de Governo, na Assembleia da República, em Lisboa, 11 de abril de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (IL), criticou o primeiro-ministro e a proposta orçamental, argumentando que, mesmo sabendo que Luís Montenegro não se identifica como liberal, “não esperava que se tornasse socialista tão depressa”. Na resposta, o primeiro-ministro acusou os liberais de incoerência.
Apontando a vários indicadores macro, como a despesa corrente e a carga fiscal, Rui Rocha ironizou no debate na generalidade sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), lembrando que Luís Montenegro “já tinha dito que não é liberal, mas não esperava que se tornasse socialista tão depressa”.
Na mesma linha, e dado que o OE2025 deverá ser aprovado com a ajuda do PS, o presidente liberal classificou o documento como socialista.
“Acredita nas metas que apresentam?”, rematou Rui Rocha.
“Num Governo minoritário, até descer impostos é difícil”, retorquiu Montenegro, confessando que o Governo ainda tem bastante trabalho pela frente. Ainda assim, o líder do Executivo falou numa posição “incoerente” dos liberais, a quem acusa de se focar “numas décimas”, ignorando a “inversão da tendência de agravamento” dos impostos.
No dia 4 de novembro arranca a apreciação na especialidade, fase que só terminará com a votação final global do documento marcada para dia 29.