PAN quer acabar com discriminação no arrendamento para quem tem animais

3 meses atrás 104

Eleições Europeias

30 mai, 2024 - 15:14 • Lusa

O cabeça de lista do PAN às eleições europeias, Pedro Fidalgo Marques, quer acabar com a discriminação no acesso à habitação para quem tem animais domésticos, pretendendo alterar a lei nesse sentido, incluindo a nível europeu.

Veja também:

Todas as notícias sobre as eleições europeias Bugalho quer pedido de desculpas de Marta Temido sobre Zelensky Sete mulheres podem liderar na UE, mas "pode não se traduzir na defesa dos direitos e da igualdade" Como vai ser a União Europeia depois de 9 de junho? "Inverdades", "imaturidade" e "extrema-direita fofinha". Migrantes e Ucrânia agitam debate a 8 para as europeias

O cabeça de lista do PAN às eleições europeias, Pedro Fidalgo Marques, quer acabar com a discriminação no acesso à habitação para quem tem animais domésticos, pretendendo alterar a lei nesse sentido, incluindo a nível europeu.

"Não faz sentido as famílias, quando têm de mudar de casa, terem que deixar o seu animal de companhia porque o novo senhorio não o permite. Por isso, a lei tem que ser alterada e tem que se terminar já com esta discriminação para que os animais, que fazem parte da família, possam acompanhar as famílias", disse esta quinta-feira o candidato ao Parlamento Europeu aos jornalistas na Maia, distrito do Porto.

Pedro Fidalgo Marques falava após visitas ao CRIDO - Centro de Recuperação e Interpretação do Ouriço e ao Cantinho do Tareco, dedicado a gatos, muitos deles colocados na associação após não poderem acompanhar os seus donos em mudanças de casa.

"Têm sido devolvidos vários gatos à associação que visitámos hoje de manhã porque as pessoas não podem mudar de casa com o seu gato. Isso não faz sentido. Os animais de companhia fazem parte da família, devem acompanhar a família", vincou.

O candidato garantiu que "o PAN é o único partido que tem defendido a proteção animal" e é o único "que vai levar este tema ao Parlamento Europeu".

Para Pedro Fidalgo Marques, "a habitação deve ser um direito fundamental" também a nível europeu, pretendendo que haja fundos europeus para construção de habitação pública condicionados à não discriminação de qualquer tipo.

"Uma medida poderá ser que quando houver fundos da União Europeia, garantirmos que esses fundos, para serem aplicados", assegurem a não discriminação "relativamente a pessoas racializadas, a pessoas LGBTI [lésbicas, "gays", bissexuais, transsexuais e intersexo], ao país de origem das pessoas" e também para quem tenha animais domésticos.

Quanto aos ouriços, Pedro Fidalgo Marques disse que irá bater-se pelo aumento "do nível de vulnerabilidade" da espécie, garantindo-lhe mais proteção, que "neste momento é considerado como sendo sem ser vulnerável".

O aumento do nível de proteção poderia assegurar, nas palavras do candidato do PAN, "mais apoios para salvaguardar a espécie tão característica" de Portugal, já que é "um elemento fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas".

Na ação de campanha desta quinta-feira, Pedro Fidalgo Marques esteve acompanhado pela porta-voz do PAN e deputada única do partido à Assembleia da República, Inês de Sousa Real, bem como de vários dirigentes nacionais e regionais.

A porta-voz do partido afirmou que caso seja eleito, Pedro Fidalgo Marques terá "ligação com a direção", com uma "esfera de influência" próxima do trabalho do partido em Portugal, pelo que "vai impactar diretamente na vida dos portugueses".

Nas últimas eleições europeias, em 2019, o PAN elegeu um eurodeputado, Francisco Guerreiro, que deixou o partido praticamente um ano depois.

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados. .

Ler artigo completo