Papa escreve aos cardeais a pedir redução de custos

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Vaticano

20 set, 2024 - 14:02 • Aura Miguel

Santo Padre faz um breve balanço da reforma da Cúria, levada a cabo nos últimos dez anos,

O Papa Francisco escreveu uma carta ao Colégio Cardinalício a pedir especial atenção para a contenção de custos e “um esforço ulterior da parte de todos até se alcançar um ‘déficit zero’ que não seja meramente teórico, mas uma meta efetivamente realizável”.

Nesta mensagem, o Santo Padre faz um breve balanço da reforma da Cúria, levada a cabo nos últimos dez anos, pede aos cardeais que acompanhem este processo de transformação e reconhece que, “apesar das dificuldades e, por vezes, daquela tentação de imobilismo e rigidez perante a mudança, foram muitos os resultados alcançados nestes anos”.

Depois da reforma da Cúria, agora é a vez da economia

No entanto, há um outro problema que Francisco precisa da ajuda dos cardeais para o resolver. “Tenho agora de enfrentar um dos assuntos que mais caracterizaram as Congregações gerais antes do Conclave: a reforma económica da Santa Sé”, escreve o Papa.

Consciente de que os recursos económicos ao serviço da missão são limitados, Francisco pede uma gestão “com rigor e seriedade para que não se dispersem os esforços de todos os que contribuíram para o património da Santa Sé”. Neste contexto, é necessário um esforço ulterior da parte de todos para que se alcançar um efetivo “déficit zero”.

O Santo Padre refere que a reforma da Cúria colocou as bases para a aplicação de “políticas éticas que consentem melhorar o rendimento económico do património existente”. Por isso, cabe agora a cada uma das instituições “encontrar recursos externos para cumprir a própria missão, dando o exemplo de uma gestão transparente e responsável ao serviço da Igreja”.

“Reduzam-se ao essencial”

Entre as medidas mais urgentes, está a redução dos custos: “é preciso dar o exemplo concreto para que o nosso serviço seja realizado com espírito de essencialidade, evitando o supérfluo e selecionando bem as nossas prioridades, favorecendo a colaboração recíproca e as sinergias”, pede o Papa.

Assim como as boas famílias que gozam de uma confortável situação económica ajudam os membros que precisam, também as instituições da Santa Sé que registam um avanço “deveriam contribuir para eliminar o deficit geral.”

Francisco pede generosidade a todos e espera que esta mensagem seja “acolhida com coragem e espírito de serviço” e que o processo de reforma económica da Santa Sé seja levado a cabo com “convicção, lealdade e generosidade”.

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