"A OIM lamenta saber da morte de pelo menos 25 pessoas na sequência do naufrágio deliberado da sua embarcação por traficantes ao largo das Ilhas Comores, entre Anjouan e Mayotte, na sexta-feira à noite", declarou a agência da ONU em comunicado.
Segundo os sobreviventes, a bordo seguiam cerca de 30 pessoas de diferentes nacionalidades, incluindo sete mulheres, quatro menores (duas crianças de seis e dois anos) e dois bebés.
Os cinco sobreviventes foram resgatados por pescadores no sábado de manhã, acrescentou a OIM.
O acidente segue-se a duas tragédias semelhantes ocorridas na mesma zona nos últimos três meses, segundo aquela agência da ONU.
Em setembro, uma embarcação com 12 pessoas a bordo, incluindo duas crianças e uma mulher grávida, deixou a costa de Anjouan e nunca chegou a Mayotte.
Em agosto, oito pessoas morreram num incidente semelhante, incluindo um rapaz de 12 anos.
Milhares de pessoas morreram nesta rota migratória na tentativa de chegar a Mayotte.
Em 2012, um relatório do Senado francês estimou que entre sete mil e dez mil pessoas tinham morrido ao tentar atravessar das Comores para Mayotte desde 1995, mas que este número poderia ser muito mais elevado, recordou a OIM.
A agência da ONU sublinhou a importância de estabelecer "canais seguros e legais para a migração, a fim de reduzir os perigos enfrentados por crianças, mulheres e homens ao longo desta rota em viagens marítimas arriscadas".
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