Pensões médias recuperam da inflação e ganham 2,6% em termos reais

10 meses atrás 44

8 dezembro 2023 17:18

Reformados são um dos grupos sociais com maiores aumentos

manuel breva colmeiro/getty images

Generalidade dos reformados vai recuperar o poder de compra no próximo ano. Pensões de €500 com aumentos reais de 2,6% entre 2021 e 2024

8 dezembro 2023 17:18

A maioria dos reformados vai chegar a 2024 sem perder poder de compra e até a acumular ganhos acima da inflação, que nos últimos anos disparou para níveis inesperados. Os aumentos reais variam consoante os escalões de rendimento, mas um reformado com uma pensão média, que em 2021 recebia €500, chegará ao próximo ano com um ganho real (já descontando o efeito do aumento de preços) de 2,6%. É o resultado da fórmula de atualização das pensões, que o Governo decidiu, afinal, manter em vigor, mas também de aumentos intercalares que foram decididos nos últimos anos.

As pensões são atualizadas anualmente, grosso modo, em função da inflação no ano anterior e o crescimento da economia nos dois últimos anos. Se o país crescer a bom ritmo, a maioria dos reformados tem um bónus e vê as suas reformas crescer acima da inflação; se crescer pouco a generalidade tem, pelo menos, uma atualização em linha com a evolução dos preços. Esta fórmula existe desde 2006, precisamente para dar previsibilidade aos reformados e desligar os seus rendimentos do ciclo político mas tem efeitos desfasados no tempo. Quando em 2022 a inflação disparou para 7,8%, os reformados perderam poder de compra, porque a pensão tinha sido atualizada à inflação de 2021, o mesmo tendo acontecido ainda este ano. Contudo, quando chegarem a 2024 a generalidade dos reformados vai recuperar tudo e, na maioria dos casos, até acumular ganhos em termos reais. Devido à fórmula que dita as regras de atualização mas também a outros aumentos decididos para lá do que era estritamente necessário para cumprir a lei.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Já é assinante? Assine e continue a ler

Comprou o Expresso?

Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Ler artigo completo