Perseverança é sinónimo de esperança

4 meses atrás 60

O Portimonense bem tentou e, como tal, acabou por ser recompensado com um ponto, diante do Rio Ave (2-2). Um tiro certeiro apontado já no período de descontos acabou por dar esperança à turma algarvia na luta pela permanência.

Ambos os técnicos optaram por executar algumas mexidas nas opções iniciais, não alterando, porém, a filosofia tática. No habitual 4-2-3-1, Paulo Sérgio fez uma revolução na linha defensiva, com Gonçalo Costa, Filipe Relvas e Guga a renderem Moustapha Seck, Alemão e Igor Formiga. Já Luís Freire, face a múltiplas suspensões, chamou a jogo Vítor Gomes e Amine Oudrhiri. Também Fábio Ronaldo mereceu um voto de confiança por parte do líder vilacondense.

A célebre lei da eficácia

A equipa da casa entrou atrevida no encontro, procurando chegar rapidamente ao tento inaugural. Luan Campos, pelo corredor direito, estava a causar inúmeras dores de cabeça ao seu marcador direto. Contudo, as aproximações á área contrária não estavam a ser convertidas em ocasiões flagrantes de perigo, devido a uma notória inspiração no último terço.

Os visitantes, jogando sem qualquer pressão acrescida, fizeram o gosto ao pé na primeira investida criteriosa. Patrick William, com uma passe verdadeiramente sublime, mostrou-se atento à desmarcação de Costinha. O ala, através de um toque subtil de cabeça, amorteceu a bola para Amine. O francês encheu o pé e não perdoou, abrindo, assim, a contagem.

A finalização certeira fez bem emblema de Vila do Conde, que acabou por criar um maior número de chances até ao apito de descanso. Todavia, Kosuke Nakamura, seguindo a toada que apresentou em Alvalade, protagonizou diversas intervenções de grande nível. O guardião nipónico deixou Emmanuel Boateng com as mãos na cabeça, ao defender um cabeceamento do avançado com selo de golo.

De acordo com o velho ditado futebolístico, quem não marca, sofre. Aos 65', Hélio Varela desferiu um cruzamento bastante traiçoeiro. Carlinhos, atento, antecipou-se a Jhonatan, cabeceando, livremente, para a baliza deserta. O guarda-redes de 33 anos não ficou nada bem na fotografia...

Montanha-russa de emoções

O conjunto de Portimão bem tentou alcançar a cambalhota no marcador, com Taichi Fukui a ser dos elementos mais inconformados. Porém, a machadada acabaria por chegar pelo outro lado. Na sequência de um livre indireto, o recém-entrado Helder Sá ganhou nas alturas, cabeceando, já em desequilíbrio, em direção do poste mais distante. Uma belíssima finalização, que deitou por terra as aspirações alvinegras.

Num jogo repleto de incidências, os pupilos de Paulo Sérgio não atiraram a toalha ao chão e, como tal, foram recompensados com o empate. Hélio Varela aproveitou um erro glamoroso de Costinha para chagar à ambicionada igualdade, com Jhonatan a não conseguir travar o disparo junto ao poste mais próximo.

Desta forma, o Portimonense aproxima-se dos lugares de manutenção, devido à derrota do Estrela da Amadora em Vizela (0-4). Já o Rio Ave passa a somar 36 pontos na tabela classificativa, ocupando, provisoriamente, o décimo posto.

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