Pesquise aqui as 55.166 vagas do ensino superior. Há mais 433 do que no ano passado

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No entanto, o despacho com o calendário do concurso ainda não foi publicado e não é certo em que dia irão arrancar as candidaturas. Em 2023, a primeira fase do concurso decorreu de 24 de julho a 7 de agosto.

Em relação à mesma fase do ano passado, há mais 433 vagas. No comunicado da tutela aponta-se para um aumento de 158 vagas, uma vez que se compara os valores de agora com os lugares que ficaram disponíveis em julho de 2023 (quando houve um ligeiro aumento de vagas em relação às anunciadas em maio, crescimento que se poderá repetir este ano). Em maio de 2023 havia 54.733 lugares, que subiram para 55.008 dois meses depois.

Medicina e formação de professores com aumentos ligeiros

Foi em 2020 que Manuel Heitor, então ministro do Ensino Superior, começou a pressão: pela primeira vez em muitos anos, as faculdades de Medicina podiam criar mais 200 vagas, mas os reitores rejeitaram a ideia. No continente não foi criado nenhum novo lugar.

De lá para cá, com passos curtos, os cursos de Medicina ganharam 37 vagas, e, este ano, é a primeira vez que o aumento passa dos dois dígitos. Há 13 novos lugares abertos num total de 1.554: cinco na Universidade da Beira Interior e oito na Universidade de Coimbra.

Em 2020, apenas a Universidade dos Açores abriu seis novas vagas (decisão que repetiria no ano seguinte, o mesmo ano em que nasceu o primeiro curso privado de Medicina na Universidade Católica) no Ciclo Básico de Medicina Preparatória para o Mestrado Integrado. Tal como acontece com o curso ministrado na Madeira, o curso tem de ser terminado numa das universidades do continente.

Em 2022, a Universidade da Beira Interior criou cinco novas vagas (as mesmas que criou este ano). No ano seguinte, houve sete novas vagas no total – cinco na Universidade de Coimbra, e duas na Universidade do Minho – e a Universidade Fernando Pessoa, no Porto, foi autorizada a criar o segundo curso privado de Medicina.

Depois de um aumento de 100, agora só há mais 38 vagas para formar professores

Tal como com Medicina, no Governo anterior, depois de conversas entre os ministérios da Educação e o do Ensino Superior, houve uma tentativa de levar as instituições a criar mais vagas nos cursos de Educação Básica.

Em 2022, a resposta ao repto resultou em mais 56 vagas e, no ano seguinte, em mais 100. Agora, apesar de haver um aumento, apenas foram criados mais 38 lugares para formar professores, num total de 993, numa altura em que se procuram soluções para lidar com a falta de docentes. Segundo o novo ministro da Educação, Fernando Alexandre, há mais de mil alunos que estão, em permanência, desde o início do ano sem professor a pelo menos uma disciplina.

Este número, que o anterior ministério sempre se recusou a revelar, foi avançado no Parlamento, na quinta-feira, durante o debate do programa do Governo.

Quanto às vagas em cursos de Educação Básica, é o Instituto Politécnico do Porto quem faz a maior aposta, criando mais nove vagas na Escola Superior de Educação. Segue-se o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, com seis novas vagas. A Universidade do Minho, a terceira instituição com maior número de novos lugares criados, abriu mais cinco.

Em 21 instituições com formação de professores, 8 escolheram manter as vagas inalteradas.

Uma tendência que se mantém é o aumento de vagas nos ciclos com maior concentração de bons alunos. Há mais 46 lugares (o ano passado foram mais 82), totalizando 4.036 vagas.

Nos cursos de competências digitais são fixadas 9.355 vagas, um aumento de 252 em relação a 2023.

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