Porta-voz do PAN acusa restantes partidos de falta de coerência

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"Já os vemos a passear com cães em campanha, a visitarem associações, vemos também a dizerem que são amigos do ambiente, vemos a dizer que são todos agora muito preocupados com os direitos das mulheres, mas a verdade é que na hora de votar não são coerentes com aquilo que propagandeiam", afirmou Sousa Real, no discurso de encerramento da campanha para as eleições europeias do próximo domingo.

Falando no Jardim da Estrela, em Lisboa, a líder do PAN destacou que "nem o Livre, nem o Bloco de Esquerda, nem o PCP, nem o PS, nem o PSD, nem a Iniciativa Liberal, e menos ainda o Chega, servem os direitos das próximas gerações".

"Não servem os direitos das presentes gerações e não servem os direitos das próximas gerações", argumentou.

Inês Sousa Real, que pediu a eleição de Pedro Fidalgo Marques, realçou que "o PAN faz falta", porque "tem sido coerente".

"Nós queremos levar uma agenda progressista para a Europa. Queremos devolver a esperança e um futuro melhor às pessoas. Queremos promover a economia verde, a descarbonização da economia, fomentar os transportes públicos em detrimento do financiamento à indústria fóssil, em detrimento do investimento à pecuária intensiva. Queremos garantir que, naquilo que diz respeito aos direitos humanos, os direitos das mulheres têm de ser respeitados. Não vamos dar nenhum passo atrás", precisou.

A líder do PAN lembrou ainda os jovens portugueses que se veem forçados a emigrar, referindo que não aceita a discriminação.

"Somos um país de emigrantes. Da mesma maneira que não aceitámos que fossem discriminados, também não aceitamos que se discrimine na União Europeia ou em Portugal os imigrantes, porque todos temos de ser respeitados, porque queremos uma sociedade inclusiva. Queremos garantir que há, sem discriminação, o acesso à habitação, ao emprego, à integração, à aprendizagem da língua portuguesa", frisou.

Por sua vez, o cabeça de lista do PAN às europeias, Pedro Fidalgo Marques, recordou que o PAN "foi o único partido que trouxe para cima da mesa a defesa dos direitos humanos".

"Nós temos o risco do crescimento da extrema-direita na Europa. Temos assistido a uma crescente onda de medo, de desinformação. E o que é que isso adianta? Nada. O que é que o Chega tem feito? Nada. São 50 [deputados] e continuam a não fazer nada. Um voto na extrema-direita é um voto deitado ao lixo", criticou.

Pedro Fidalgo Marques frisou que "o caminho tem que ser um voto responsável, em partidos credíveis, que estão para apresentar soluções responsáveis e de uma economia verde".

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.

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