Na sequência da queda de Cabul, Portugal integrou a diretiva internacional da Admissão Humanitária do Afeganistão e recebeu, ao abrigo daquele instrumento, 1.391 pessoas - 711 homens e 680 mulheres - a maioria dos quais adultos (quase 67%) e casais com filhos (59,1%).
"Em 2023, Portugal acolheu 472 cidadãos afegãos (237 homens e 235 mulheres) e, em janeiro de 2024, 13 cidadãos (sete homens e seis mulheres)", refere a AIMA.
Desde 2021, a ONU estima que 1,4 milhões de afegãos tenham fugido do país, com destaque para os 900 mil xiitas, acolhidos no Irão, em fuga dos talibãs (sunitas).
No Paquistão estão cerca de 250 mil refugiados, a maioria em campos de refugiados geridos pela ONU.
Já a maioria dos elementos ligados a movimentos democráticos, de mulheres ou de organizações da sociedade civil fugiram para os países ocidentais.
Antes da tomada do poder por parte dos talibãs, o Afeganistão já era o terceiro país do mundo com maior número de pessoas refugiadas, num total de 2,6 milhões que procuraram proteção internacional.
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