Portugal é o segundo melhor país da Europa para as mulheres trabalharem

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Portugal atingiu o segundo lugar no ranking de igualdade de género. O rendimento líquido em 2022 foi mais elevado para as mulheres do que para os homens, tendo o país ficado posicionado como o único país da UE em que as mulheres recebiam mais em média.

Portugal é o segundo melhor país da União Europeia (UE) para as mulheres trabalharem, segundo revela o novo estudo da Finansvalp, um canal sueco de finanças. O primeiro lugar é ocupado pela Finlândia.

O estudo analisou informação do Eurostat sobre três tópicos: o número de assentos parlamentares nacionais ocupados por mulheres, quantos cargos de gestão de topo são ocupados por mulheres e o rendimento líquido médio de 2022 por género nos 27 Estados-membros da UE.

Portugal atingiu o segundo lugar no ranking de igualdade de género. O rendimento líquido em Portugal em 2022 foi mais elevado para as mulheres do que para os homens, tendo o país ficado posicionado como o único país da UE em que as mulheres recebiam em média mais. As mulheres levavam para casa um rendimento líquido médio de 11.038 euros, o que representa mais 0,53% do que o salário médio dos homens.

Apesar do bom resultado nos salários, Portugal registou a sexta percentagem mais baixa de mulheres executivas. As mulheres representam apenas 16,9% dos executivos nas maiores empresas cotadas em bolsa em Portugal.

Portugal conseguiu atingir o segundo lugar do ranking, com uma pontuação de 36,09. Já a Finlândia ocupa o primeiro com uma pontuação de 36,86, tendo registado uma alta percentagem de mulheres nos cargos de chefia, com 72,4% dos assentos no governo a serem ocupados por mulheres. No entanto, o país tem um problema no que toca à diferença salarial entre homens e mulheres, com os homens a auferirem um salário médio 6,04% mais elevado do que as mulheres.

O terceiro lugar do ranking é ocupado pela França, que obteve uma pontuação de 33,63, seguida da Suécia, com 33,15. Os Países Baixos ocupam o quinto lugar, com uma pontuação de 31,33. No final do ranking, em 27.º lugar, situa-se a Hungria, com uma pontuação de 10. O Chipre ficou em penúltimo lugar com, 14,62, e a República Checa registou uma pontuação de 15,29.

Olle Pettersson, especialista em finanças e CEO da Finansvalp, afirma que “nos últimos 20 anos, o número de mulheres que ocupam assentos nos governos nacionais e nos parlamentos nacionais da UE aumentou mais de 50%, enquanto a percentagem de mulheres como membros de conselhos das maiores empresas de capital aberto explodiu em 312%”.

“Se esta tendência de maior representatividade de mulheres em cargos de chefia continuar em toda a EU, deveremos ver a redução das disparidades salariais entre homens e mulheres, tornando muitos países locais mais inclusivos para as mulheres trabalharem”, sublinha o CEO da Finansvalp.

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