“Posicionamento de boutique já não faz propriamente sentido”

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A sociedade, que nasceu em 2016 a partir da JCG Advogados, expandiu o escritório no início deste ano para cerca de 600 metros quadrados na Avenida da Liberdade. As próximas áreas a reforçar serão Imobiliário e Fiscal, de forma a chegar às 20 pessoas.

A CCSL investiu em mais um piso deste edifício em Lisboa. Quais são os vossos objetivos em termos mais concretos?
José Calejo Guerra (JCG): Temos mantido um esforço de manutenção do crescimento do escritório desde o início em todas as vertentes: equipa, clientes, assuntos nos quais trabalhamos. À medida que o tempo vai passando, os níveis de crescimento tão expressivos tornam-se mais difíceis, porque é mais fácil crescer quando se é pequeno. Temos feito uma aposta grande de consolidação de equipa. Houve a entrada da Rita [Rendeiro], duplicámos na área de Corporate de uma forma mais abrangente e estamos com recrutamento ativos para outras, como Imobiliário e Fiscal. Duplicámos o espaço com mais um andar aqui no prédio, porque precisamos de mais pessoas, mas demora tempo.

Mas têm o plano de continuar a ser uma boutique?
JCG: Há duas questões: dimensão e posicionamento. Correndo o risco de ser corrigido, acho que o posicionamento de boutique já não faz propriamente sentido. Ou seja, tipicamente, há duas razões para se usar o termo boutique: ter uma prática muito especializada num determinado ou simplesmente é um escritório pequeno que não gosta de se chamar escritório pequeno. Já usámos o termo pelas duas vias, mas hoje cresceu para uma prática mais alargada. Não vou dizer multidisciplinar. Para a nossa realidade, está ultrapassado. É nossa perspetiva consolidar um espaço de referência no mercado, o que implica ter serviços além do nicho. De facto, há outros mais focados numa área de prática ou ângulo em particular que faz sentido, como o novo do Samuel de Almeida e João Medeiros.

Referiu “não vou dizer multidisciplinar”. Pretendem manter-se como um escritório apenas de advogados?
JCG: Não temos nenhum preconceito em relação a isso. Toda a gente nesta mesa é advogado(a) e continuará a ser. Admito que sim, que possa haver uma oportunidade que faça sentido para expandir um bocadinho e integrar outros negócios verticais, mas não é algo que estejamos à procura de integrar auditoria, etc. A Mafalda [Almeida Carvalho] tem uma frase no gabinete que diz: «Se não tens uma vantagem não compitas». A nossa vantagem é sermos advogarmos e fazermos o que sabemos.

Hugo Baptista Falcão (HBF): Concorrência sempre houve. Os advogados vão-se adaptando. Mesmo nos escritórios maiores, não há um imediatismo e não vai ser tão rápido como à partida parecia. Eu sou um pouco mais pessimista do que o Zé [Calejo Guerra] nesta questão… Acho sempre que amanhã não é a véspera desse dia.

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