Proposta israelita de trégua de dois meses em Gaza em troca de reféns

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Segundo o Walla, o governo de Netanyahu enviou ao Egito e ao Catar, os principais mediadores no conflito com o Hamas, uma proposta de cessar-fogo de dois meses no enclave em troca da libertação dos reféns.

A proposta incluiria também uma troca por prisioneiros palestinianos que seriam libertados.

Israel calcula que cerca de 136 reféns israelitas ainda se encontram na Faixa de Gaza e, nos últimos dias, as famílias intensificaram os protestos junto de Netanyahu para que este chegue a um acordo e tome medidas para a sua libertação. O primeiro-ministro mostrou-se relutante em chegar a um acordo com o Hamas e defendeu a pressão militar como forma de garantir a sua libertação.

Israel não aceita a exigência do Hamas de cessar completamente a sua ofensiva militar, iniciada em resposta ao ataque de 7 de outubro.

No final de novembro do ano passado, durante uma semana de tréguas, foram libertados 105 prisioneiros, num acordo de tréguas que incluía também a libertação de 240 prisioneiros palestinianos.

A nova proposta de Israel incluiria a libertação de todos os reféns vivos e a devolução dos corpos dos mortos, e seria dividida em fases que poderiam durar até dois meses.

Uma primeira fase incluiria a libertação de mulheres cativas, homens com mais de 60 anos e reféns em estado grave de saúde. A fase seguinte incluiria a libertação de pessoas com menos de 60 anos, soldados e reservistas, e a devolução dos corpos das dezenas de mortos ainda detidos na Faixa de Gaza.

O jornal Walla refere ainda que Israel e o Hamas deverão chegar a acordo prévio sobre o número de prisioneiros palestinianos a libertar em troca da libertação de cada cativo, além de uma possível retirada faseada do exército de partes de Gaza.

Por sua vez, à medida que o acordo for implementado, permitirá o regresso gradual dos palestinianos deslocados internamente à cidade de Gaza e ao norte da Faixa.

Israel ainda aguarda uma resposta do Hamas à proposta, embora as fontes citadas indiquem que há "algum otimismo" de que seja possível avançar neste quadro.

c/Lusa

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