O candidato a secretário-geral do PS, justifica ainda assim o desfecho das eleições internas com um ambiente muito próprio que “afunilou” o debate na escolha do candidato a primeiro-ministro.
Daniel Adrião, candidato à liderança do Partido Socialista, assumiu a derrota esta noite em Lisboa, logo após o fecho das urnas para as eleições internas do PS.
O candidato derrotado, sublinha no entanto que sai prejudicado porque “as eleições aconteceram num ambiente muito especial, muito particular”, referindo-se às legislativas marcadas para 10 de março, que, na óptica de Daniel Adrião, condicionaram o debate interno porque “o afunilou na escolha do candidato a primeiro-ministro”.
“Não houve, portanto, oportunidade de fazer um debate mais alargado, sobre as políticas do Partido Socialista para o país e sobre o modelo de organização e funcionamento interno do partido”, sublinhou.
Confessa que “este não é um bom resultado, pois assume ter ficado “aquém do que desejava”. No entanto, realça que “o maior objetivo não era conquistar o maior número de votos mas sim congregar o maior número de vontades, em nome de um projeto transformacional para o país”.
“Eu bati-me sobretudo por ideias, pela possibilidade dos militantes poderem escolher os seus candidatos a deputados, pela possibilidade dos cidadãos poderem eleger diretamente os seus deputados, salientou acrescentando que são questões que estão já a ser “apropriadas pelo partidos e pelos outros dois candidatos”.
“São ideias que vão ficar para além desta disputa interna e vão fazer o seu caminho para além deste congresso”, concluiu Daniel Adrião.