PS tenta proteger novo líder do caso “traumático”: "Aqui discute-se política, não se discutem processos judiciais em concreto"

9 meses atrás 60

No mesmo pavilhão da FIL, há nove anos, o PS que entronizava António Costa via-se questionado sobre a sua relação com a justiça. O caso era de dimensão diferente. José Sócrates, detido uma semana antes, tinha sido transferido para a prisão de Évora, suspeito de corrupção num caso que ainda hoje decorre na Justiça.

Em novo congresso socialista, desta vez com Costa de saída e Pedro Nuno Santos a assumir as rédeas, os socialistas são de novo confrontados com problemas judiciais. Mas a resposta é diferente. Se em 2014, Costa separou as águas e cortou o cordão umbilical com Sócrates, em 2024, o PS sente-se ‘traumatizado’ pela justiça e derrubado pelo Presidente da República. Os socialistas tentam criar uma redoma e isolar o partido do caso judicial, mas a irritação e até incredulidade trespassam nos corredores.

"Aqui discute-se política, não se discutem processos judiciais em concreto", disse Alexandra Leitão, à chegada à FIL para o segundo dia da reunião socialista. No congresso, querem discutir política, mas isso não significa que ignorem as notícias em torno do caso judicial que levou à demissão do primeiro-ministro - levando a um momento que António Costa considerou ser “uma situação muito difícil, até traumática”. O próprio, que abriu os trabalhos com um discurso de fecho de ciclo, quis fazê-lo dizendo a frase que ficará para futuro: “Podem ter derrubado o nosso governo, mas não derrotaram o PS”.

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