Em declarações aos jornalistas no parlamento, Hugo Soares lamentou que as instituições da República estejam a ser ocupadas com “um assunto que não existe, não tem interesse e visa pôr em causa o respeito pelas instituições e pelo mais alto magistrado da nação”.
O líder parlamentar do PSD acusou hoje o Chega e André Ventura de querem “criar o caos e um Estado sem lei” para que “o populismo possa reinar”, condenando o processo que o partido quer mover ao Presidente da República.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Hugo Soares lamentou que as instituições da República estejam a ser ocupadas com “um assunto que não existe, não tem interesse e visa pôr em causa o respeito pelas instituições e pelo mais alto magistrado da nação”.
“Por parte do PSD, o país pode esperar muita urgência em resolver esta brincadeira. Quem brinca com o regime, com as instituições, não deve ser respeitado nem deve ser levado a sério. Tudo faremos para que o processo seja célere e que tenha o menor impacto possível”, assegurou.
Tomou hoje posse a comissão especial para analisar o projeto do Chega que requer ao parlamento abertura de um processo contra o Presidente da República pelos crimes de traição à pátria, coação contra órgãos constitucionais e usurpação, que deverá ser votado, o mais tardar, na sexta-feira em sessão plenária.
O líder parlamentar do PSD salientou que o Chega está a propor ao parlamento que inicie e comunique ao Supremo Tribunal de Justiça um processo por um crime pelo qual o partido entende que o Presidente da República “deve ser condenado a um crime de prisão entre 10 a 20 anos”.
“Se o assunto não fosse sério, poderíamos até dizer que se o absurdo pagasse impostos, Portugal não tinha mais problemas de contas públicas”, ironizou.
Hugo Soares expressou, em nome do partido, a condenação veemente deste processo iniciado pelo Chega.
“O Chega e o dr. André Ventura querem mesmo que o regime caia no caos, caia numa espécie de Estado sem lei nem limites de bom senso para que o populismo possa reinar”, acusou.
Hugo Soares defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa expressou apenas uma opinião de que é possível concordar ou discordar.
O projeto de deliberação entregue na segunda-feira pelo Chega no parlamento requer a abertura de um processo contra o Presidente da República pelos crimes de traição à pátria, coação contra órgãos constitucionais e usurpação.
A iniciativa foi anunciada na semana passada por André Ventura, na sequência de declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre uma eventual reparação histórica às antigas colónias portuguesas.