Quase metade dos fundadores de startups admitem deixar a empresa no próximo ano

Quase metade dos fundadores de startups ponderam deixar no próximo ano as empresas que fundaram, alegando “sobrecarga de trabalho”, “exaustão” e situação de falência, revela um inquérito feito pela ‘Sifted’.

Os empresários apontam para a angariação de fundos como o principal desafio que enfrentam no negócio. Segue-se o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e o caminho para alcançar a rentabilidade.

De acordo com a publicação apoiada pelo ‘Financial Times’, vários inquiridos listaram a “segurança financeira” entre as principais razões para deixar a empresa, passando a um “emprego mais estável”.

Em percentagem, 61% dos inquiridos afirmaram ter considerado a possibilidade de abandonar a sua empresa, enquanto 49% afirmaram estar a pensar fazê-lo em 2025.

O estudo foi feito junto de 156 empresários, dos quais dois terços são homens. Pouco menos de um terço fundaram a empresa sozinhos.

Ainda segundo o documento, 45% dos fundadores revelaram que a sua saúde mental era “má” ou “muito má” neste momento, 85% reconhecerem ter sofrido stress elevado no último ano e 75% afirmaram ter tido ansiedade.

“Resolver problemas parece ser o único objetivo da minha vida e, enquanto o faço, a minha saúde mental e física está a deteriorar-se”, cita a ‘Sift’.

Quase todos os inquiridos geriam empresas em fase inicial: 19% das suas empresas em fase de arranque foram criadas com recurso a bootstrapping, 17% estão em fase pre-seed, 36% em fase seed e 24% em fase de Série A. A grande maioria (86%) tinha recebido fundos nos últimos dois anos.

Por fim, quando questionados sobre os planos seguintes após desistirem do negócio, 39% admitem fazer uma pausa na carreira, 30% encontrar outro emprego e 28% criar uma nova empresa. As restantes respostas revelaram a intenção de escrever um livro, dedicar-se à consultoria ou assumir cargos de direção.