"Quem ganhou deveria ter mais interesse em prová-lo": Sebastião Bugalho sobre eleições na Venezuela

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Sebastião Bugalho considera necessário que o governo venezuelano apresente provas dos resultados das eleições que ditaram a terceira vitória de Nicolás Maduro. Em entrevista à CMTV, o eurodeputado disse que "quem ganhou deveria ter mais interesse em prová-lo" e que é necessário que se reflita sobre aquilo que está a acontecer no país na América latina.

Nicolás Maduro foi eleito com mais de 51% esta segunda-feira. A reeleição levou a vários líderes de todo o mundo a contestarem os resultados, falando em falta de transparência e na possibilidade de fraude eleitoral. 

"Não sei se o resultado é falso ou verdadeiro, só sei que quem ganhou é que deveria ter mais interesse em prová-lo. Os governos não estão a dizer que ele perdeu, estão a pedir para provar que ganhou. Ninguém está a tomar partido", vincou. 

"Não íamos para lá fazer distúrbios"

O eurodeputado chegou a pronunciar-se sobre o episódio que viveu em Caracas na sexta-feira. Considerou "inusitadas", "absurdas" e sem "grande cabimento" as acusações apresentadas pela Venezuela quando a sua comitiva foi expulsa do país e assegurou que não se dirigiu a Caracas para fazer "ativismo partidário".

"Deixámos bastante claro às autoridades venezuelanas, com bastante tempo de antecedência, que respeitávamos a soberania da Venezuela e do ato eleitoral e que não íamos fazer qualquer tipo de ativismo e que era uma viagem que correspondia a um convite institucional da liderança da oposição. Não íamos para lá fazer distúrbios", começou por dizer. 

O eurodeputado explicou que houve a preocupação em tentar saber se havia para a Venezuela algum inconveniente na viagem da sua delegação ao país, mas que apesar de terem formalizado essa pergunta nunca chegaram a receber qualquer resposta.

"Por escrito formalmente nunca nos foi dito nada e do mesmo modo também fomos expulsos sem qualquer argumento que justificasse a decisão. (...) Não quisemos criar nenhuma chatice ou fazer ativismo partidário. Cumprimos com tudo aquilo que tínhamos para cumprir. Fomos expulsos com acusações que não tinham grande cabimento. Foi tudo um pouco inusitado e absurdo", explicou. 

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