As Nações Unidas contribuíram com 6,47 milhões de euros, enquanto organizações como a Sociedade da Cruz Vermelha do Quénia e as fundações quenianas Kepsa e Mpesa distribuíram alimentos e outros bens de primeira necessidade, declarou o porta-voz do Governo, Isaac Mwaura, em comunicado.
O Governo indiano enviou alimentos e medicamentos, entre outros artigos, no valor de cerca de 925 mil euros.
Os Emirados Árabes Unidos forneceram 74 toneladas de alimentos às famílias afetadas pelas inundações e o Reino Unido forneceu ajuda no valor de quase um milhão de euros.
O Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) canalizou a ajuda e foi responsável pela sua distribuição a cerca de 6.900 agregados familiares.
"O Governo está a fornecer apoio logístico, abrigo temporário e bens essenciais às pessoas e famílias afetadas pelas inundações", afirmou Mwaura.
Mwaura destacou ainda a distribuição de mais de 1,2 milhões de quilogramas de arroz e feijão às comunidades em mais de 15 condados do país.
As inundações causadas pelas fortes chuvas que atingiram o Quénia fizeram, até ao momento, pelo menos 289 mortos, 188 feridos e 75 desaparecidos, de acordo com os mais recentes dados do Governo.
Mais de 57.000 famílias foram afetadas e cerca de 285.600 pessoas foram deslocadas das suas casas e transferidas para 187 campos em 25 condados do país.
A Human Rights Watch (HRW) denunciou a incapacidade do Governo queniano de agir a tempo e de responder adequadamente às graves inundações, apesar das previsões meteorológicas.
A longa estação das chuvas, que decorre de março a maio e aflige a África Oriental, foi intensificada pelo fenómeno meteorológico El Niño, uma alteração da dinâmica atmosférica provocada pelo aumento das temperaturas no Oceano Pacífico.
Embora as previsões meteorológicas apontem para uma redução da precipitação no Quénia, "os elevados níveis de humidade do solo devido ao aumento da precipitação podem conduzir a um elevado risco de inundações, mesmo quando as chuvas tiverem diminuído", alertou na sexta-feira o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
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