"Instabilidade" não pode "ser padrão". Chega? "Todos temos de refletir"

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O primeiro-ministro demissionário, António Costa, comentou esta terça-feira a ínfima possibilidade do Partido Socialista (PS) ainda ganhar as eleições, com a eleição de quatro deputados, num momento em que faltam conhecer os votos dos emigrantes portugueses.

"Não vou discutir a atividade político-partidária, que estou em retirada, por isso não vou pronunciar-me sobre esta matéria. Mas matemática é matemática,", começa por dizer Costa, à margem do Encontro anual de balanço de agendas mobilizadoras, em Santa Maria da Feira.

António Costa assume que "a pessoa que tem legitimidade hoje em dia para se pronunciar sobre o que o PS deve fazer é Pedro Nuno Santos", considerando que "foi uma enorme honra liderar o PS durante nove anos".

"Tenho sempre olhado para a experiência alheia e não há nada pior do que quem deixa de estar ao volante estar a dar opiniões a quem tem o encargo. Pedro Nuno Santos foi o escolhido e só lhe desejo boa viagem", afiançou Costa.

No que diz respeito aos resultados esmagadores do Chega nestas legislativas, o ex-primeiro-ministro salientou que "todos temos de refletir" e "perceber quais as causas profundas que fazem com que um milhão de pessoas" vote no partido de André Ventura.

Costa assume "ter responsabilidades" nos resultados eleitorais, porque "foi primeiro-ministro durante oito anos", no entanto, "os portugueses votaram e escolheram" e, por isso, deseja "o melhor" a Luís Montenegro.

Questionado sobre se a legislatura da Aliança Democrática (AD) será levada até ao final, Costa declarou que "as legislaturas devem-se cumprir".

"Para Portugal tem sido uma vantagem competitiva importante ter havido estabilidade das suas legislaturas e espero que o facto de termos tido agora uma recente instabilidade na legislatura não passe a ser um novo padrão e regressemos ao nosso padrão tradicional, que é termos estabilidade", salientou António Costa.

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