"Justiça". PGR ucraniana saúda mandados de captura contra oficiais russos

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"Mais um marco no nosso caminho para o restabelecimento da justiça", comentou Kostin numa publicação nas redes sociais, horas depois da decisão do tribunal com sede em Haia, nos Países Baixos.

Os mandados visam o tenente-general Sergei Kobylash, que era comandante da Aviação de Longo Alcance da Força Aeroespacial na altura dos alegados crimes, e do almirante Viktor Sokolov, que comandava da Frota do Mar Negro.

"Hoje, mais uma vez, vimos como a justiça está a ser feita e que aqueles que cometem crimes internacionais serão responsabilizados", afirmou o Procurador-Geral ucraniano.

Kostin referiu tratar-se do "primeiro caso em que se acredita que os suspeitos cometeram o crime contra a humanidade por 'outros atos desumanos' (...) causando grande sofrimento ou ferimentos graves".

"Continuamos a trabalhar em conjunto para garantir a responsabilização de todos os autores de crimes internacionais, independentemente das suas patentes e posições", acrescentou.

Os dois oficiais russos são procurados pelo crime de guerra de dirigir ataques contra objetos civis e causar danos incidentais excessivos a civis ou danos a objetos civis, e pelo crime contra a humanidade por atos desumanos.

Segundo o TPI, há "motivos razoáveis para acreditar" que os dois são responsáveis por "ataques com mísseis realizados pelas forças sob seu comando contra a infraestrutura elétrica ucraniana".

Os crimes terão sido cometidos de 10 de outubro de 2022 até pelo menos 09 de março de 2023.

"Durante este período, houve uma suposta campanha de ataques contra várias unidades de energia elétrica e subestações, que foram realizadas pelas forças armadas russas em vários locais na Ucrânia", acrescentou o TPI, citado pela agência norte-americana AP.

É a segunda vez que o TPI anuncia publicamente mandados de detenção relacionados com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022.

Em março de 2023, o tribunal com sede em Haia emitiu um mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra, acusando-o de responsabilidade pessoal pelos raptos de crianças na Ucrânia.

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