Reforço da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado? Há estudos que o suportam, responde Montenegro

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“A pergunta que lhe quero fazer é: com base em que estudo ou parecer é que anunciou ao país a decisão que imagino que tenha sido ponderada de reforçar a capacidade do aeroporto Humberto Delgado aumentando o número de movimentos de 38 para 45”, questionou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS questionou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro sobre o reforço da capacidade aeroportuária do Aeroporto Humberto Delgado, e Luís Montenegro respondeu que existem estudos que suportam a decisão.

“Já ontem tive oportunidade de saudar o Governo por ter decidido seguir a resolução da Comissão Técnica Independente. É hoje o terceiro Governo a decidir fazer o aeroporto em Alcochete. Mais importante que decidir é fazer, é isso que nós queremos assegurar, assegurar a execução da terceira decisão de fazer o aeroporto em Alcochete”, começou por dizer Pedro Nuno Santos.

No entanto, o socialista frisou que o “primeiro-ministro não anunciou apenas o aeroporto em Alcochete. Anunciou, e não anunciou fazer estudos, reforçar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado. Reforçar a capacidade em movimentos por hora e percebe-se porquê”.

“Nós temos aqui um problema nos próximos 10, 12, 15 anos. Não temos forma de acrescentar voos à capacidade que nós temos no Aeroporto Humberto Delgado e a solução que o Governo apresenta é reforçar a capacidade aeroportuária no Aeroporto Humberto Delgado”, destacou.

“A decisão de Alcochete decorre de estudos, de estudos com vários anos. A primeira decisão de 2008 também já tinha decorrido de estudos. A pergunta que lhe quero fazer é: com base em que estudo ou parecer é que anunciou ao país a decisão, que imagino que tenha sido ponderada, de reforçar a capacidade do aeroporto Humberto Delgado aumentando o número de movimentos de 38 para 45?”, questionou Pedro Nuno Santos.

Por sua vez, Luís Montenegro respondeu que “finalmente passaremos das intenções para as execuções. É a nossa convicção, é a nossa intenção e será seguramente a realidade que levaremos ao país nos próximos anos”.

“As vicissitudes da escolha da localização e andamento do processo para a construção do novo aeroporto de Lisboa são conhecidas e se há personalidade política que as conhece com muito detalhe é o deputado Pedro Nuno Santos”, frisou o social-democrata.

Luís Montenegro disse também que ambos os partidos estão “de acordo quanto à solução de localizar o aeroporto em Alcochete. “Creio que também estaremos de acordo com a denominação que lhe atribuímos – Luís de Camões. Estamos de acordo com a necessidade de ter neste período de transição uma estrutura aeroportuária capaz de responder à crescente procura que felizmente Portugal e Lisboa tem tido ao longo dos anos”.

“É olhando para todos os estudos, que são vários, de várias entidades que lustram uma trajetória de aumento da procura. Portanto, de termos à nossa disposição a vontade pré-anunciada de recebermos mais passageiros nos próximos anos que é necessário por um lado efetivar as obras que infelizmente o Governo anterior apesar de ter prometido à época com o maior partido da oposição de desenvolver com a concessionária as obras que podiam ter trazido maior comodidade ao acolhimento dos passageiros”, vincou o primeiro-ministro.

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