'Relógio do Apocalipse' continua a 90s da meia-noite, mas "não se engane"

7 meses atrás 85

O 'Relógio do Apocalipse' continua a marcar 90 segundos para a meia-noite, de acordo com a mais recente atualização do Conselho de Ciência e Segurança do Bulletin of the Atomic Scientists.

De notar que desde 2020 que este relógio metafórico, que avalia o perigo das ameaças criadas pela humanidade, estava nos 100 segundos para a 'meia-noite', mas, em 2023, passou a estar a 90 segundos da 'meia-noite' - o mais perto que já se esteve do apocalipse - como consequência, por exemplo, da guerra na Ucrânia e das ameaças nucleares consequentes. 

Agora, os cientistas da organização Bulletin of the Atomic Scientists afirmam que existe um "nível de risco contínuo e sem precedentes" devido a ameaças como a guerra, a crise climática e o "avanço dramático" da inteligência artificial.

Os especialistas notam, contudo, que, apesar o relógio não se ter aproximado mais da meia-noite, tal não é um indicador de estabilidade. 

"Não se enganem: o facto de o relógio ser reposto a 90 segundos da meia-noite não é uma indicação de que o mundo está estável. Muito pelo contrário", frisou Rachel Bronson, da organização, citada pela Sky News, alertando que é "urgente" a atuação dos governos e comunidades de todo o mundo.

Em comunicado, os especialistas justificaram: "Colocamos o Relógio do Juízo Final a 90 segundos da meia-noite porque a humanidade continua a enfrentar um nível de perigo sem precedentes. A nossa decisão não deve ser entendida como um sinal de que a situação da segurança internacional se atenuou".

"Em vez disso, os líderes e os cidadãos de todo o mundo devem encarar esta declaração como um aviso severo e reagir com urgência, como se hoje fosse o momento mais perigoso da história moderna. Porque pode muito bem ser", lê-se.

Os especialistas lembram que "a guerra na Ucrânia e a dependência generalizada e crescente de armas nucleares aumentam o risco de uma escalada nuclear" e que "a China, a Rússia e os Estados Unidos estão a gastar enormes somas para expandir ou modernizar os seus arsenais nucleares, aumentando o perigo sempre presente de uma guerra nuclear por erro ou engano".

Outros fatores de influência foram os "rápidos e preocupantes desenvolvimentos nas ciências da vida" e tecnologias associadas e o avanço da inteligência artificial, além das alterações climáticas.

Recorde-se que este relógio metafórico surgiu em 1947, tendo sido criado por cientistas que faziam parte do Projeto Manhattan, responsável pelas primeiras bombas atómicas. O mecanismo, que é atualizado todos os anos, tem como objetivo avaliar os perigos que a humanidade enfrenta, principalmente face a tecnologias criadas pelo ser humano.

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