A REN tem em pipeline um total de 1o gigawatts (GW) de energias renováveis para ligar à rede até 2030.
No novo plano de investimento 2024-2027, a companhia prevê ligar um total de 6,5 gigawatts: 3,5 gigas no âmbito do acordo direto com promotores de energia solar, 2,5 gigas dos leilões de energia solar, mais 300 megawatts previstos para ligar uma central híbrida (solar, eólica, armazenamento) no Pego, distrito de Santarém, e na central solar flutuante no Alqueva, mais 200 megawatts em energia eólica onshore, incluindo o repowering de centrais.
Para mais tarde, entre 2029-2030, a companhia espera ligar mais 3,5 gigawatts nascido dos acordos diretos com os promotores solares.
Os acordos diretos preveem que sejam os promotores a pagar as linhas elétricas para escoarem a eletricidade das suas centrais para a rede nacional de transporte de eletricidade, evitando assim que estes investimentos pesem nas tarifas de eletricidade, tal como acontece em regra.
“Sem redes, não há renováveis; sem redes, não há gases verdes; sem redes, não há transição energética”, disse o administrador financeiro da REN João Conceição na segunda-feira durante o Capital Markets Day, evento que decorreu em Lisboa.
Nos acordos direitos, a companhia vai investir um valor total de 300-340 milhões de euros nos próximos três anos para ligar os 3,5 gigas, ou 20% do valor total previsto de investimento: 1,5-17 mil milhões de euros até 2027.
“Temos um pipeline total de sete gigas de acordos diretos, com um perfil de baixo. Temos 32 contratos em duas vagas”, afirmou, destacando que 3,5 gigas serão construídos na primeira vaga e outros 3,5 gigas na segunda.
“Esta é uma resposta aos desafios de Portugal” para “implementar a transição das renováveis”, dando mais “flexibilidade” na construção das linhas elétricas, acrescentou.
A REN prevê investir entre 1,5 mil milhões a 1,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2027, anunciou hoje a companhia de infraestruturas energéticas.
Do investimento total, 65% destina-se a investimentos na rede de eletricidade, 25% no gás natural e 10% a nível internacional.
Em termos de Capex médio anual, a companhia prevê investir entre 350-450 milhões entre 24-27, um valor que contrasta com os 250 milhões registados entre 21-23.
O EBITDA anual vai subir de 487 milhões em média para os 500-540 milhões de euros.
A empresa espera um lucro médio anual entre os 105-120 milhões, que contrasta com os 110 milhões do plano anterior.
A base de ativos deverá atingir os 4,3-4,4 mil milhões de euros face aos 3,9 mil milhões anteriores.
Em termos de dívida líquida, esta deverá rondar os 2,5-2,6 mil milhões no final do novo plano, que contrasta com os 2,4-2,7 mil milhões de euros.
A companhia também espera atingir 13-15% de fundos operacionais/dívida líquida face aos 12-14% anteriores.