Um dos bad boys mais conhecidos no futebol mundial neste século, Nicklas Bendtner deixou os relvados em 2021, ao serviço do Tarnby FF. Polémico do primeiro ao último dia, o avançado dinamarquês abre agora o livro num documentário autobiográfico, Nicklas Bendtner - The Portrait, e fala da reputação manchada e que o tirou dos clubes de alto gabarito, bem como de um regresso que pensou, mas nunca concretizou. «Devido à minha reputação, não consegui chegar aos clubes que pretendia», começou por dizer. «Encontrava treinadores que me diziam 'queremos-te, mas não vamos contratar-te'», acrescentou o antigo internacional dinamarquês, que jogou o Campeonato do Mundo, em 2010, e o Campeonato da Europa, em 2012. Com vários episódios problemáticos fora dos relvados ao longo da carreira, é aos 36 anos que Bendtner mostra arrependimento: «Às vezes tenho uma personalidade um pouco difícil, mas tenho um coração puro. É possível que tenha tornado algumas situações difíceis. Agora sento-me e penso o porquê do que aconteceu. É muito possível que me arrependa.» O antigo futebolista, que viveu os tempos de maior notoriedade ao serviço do Arsenal, pensou até em fazer um regresso à competição. Porém, chegou à conclusão que o corpo já não o permite: «Nos últimos anos pensei quase todos os dias se não devia tentar voltar. Devia dar outra oportunidade? Por alguma estranha razão não voltei a colocar os pés num campo. Julgo que tem muito a ver com o meu corpo, que está arruinado.» Formado no FC Kobenhavn, Nicklas Bendtner disputou mais de 500 encontros oficiais enquanto sénior, entre 2005 e 2021, e apontou mais de 140 golos. Durante os 16 anos de carreira profissional, o nórdico conquistou sete troféus nos vários países por onde passou. Vestiu ainda a camisola da Dinamarca em 81 duelos e apontou 30 golos.