Ruben Amorim espera um Sturm Graz pressionante

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O treinador do Sporting, Rúben Amorim, fez esta quarta-feira a antevisão ao jogo com o Sturm Graz, encontro da derradeira jornada da fase de grupos da Liga Europa agendado para amanhã às 20h00, em Alvalade.

Eis as respostas do técnico leonino sobre o jogo frente aos austríacos e não só.

Como é que um jogador num jogo que não conta para nada mantém o foco? "Jogar num clube grande tem muitas coisas boas, mas não há dias de folga, estamos sempre a ser julgados pelo último jogo. Eles sabem que eu, de um dia para outro, mudo de opinião porque um treinou muito bem, que diria num jogo? Temos um jogo para fazer e muito para melhorar, a capacidade defensiva, a pressão, capacidade de jogar entre as linhas, de entender os momentos do jogo... Temos tanto a melhorar que temos de aproveitar ao máximo este jogo. Depois teremos tempo para preparar os outros".

Revê-se nos adeptos traumatizados com João Pinheiro? "Não vou entrar por aí, não falo de arbitragem, falo dos jogos, às vezes mais acaloradamente no fim dos encontros. Não vou comentar as palavras do presidente".

Relativamente ao mês de janeiro, Catamo, Morita e Diomandé serão 'baixas'. É obrigatório reforçar essas saídas em janeiro? Interesse de clubes ingleses em Gyökeres:
"O Gyökeres tem a cláusula de rescisão, foi dito que em janeiro só sairia pela cláusula. Mas é normal que os clubes estejam atentos aos clubes em Portugal, sabem que os jogadores do nosso campeonato estão preparados para as melhores ligas do Mundo. Em relação aos reforços, teremos tempo para pensar nisso, mas não serão 'reforçados' os jogadores que vão para as competições porque é só um mês. São jogadores para agora mas para o futuro. Temos esse problema de as competições serem agora, mas temos de pensar também no futuro. O que poderá é haver um acerto a pensar no presente e no futuro".

Três equipas portuguesas na Liga Europa. Há hipótese de uma conquistar o título? "Já aconteceu no passado. Há equipas com orçamentos maiores, argumentos maiores, mas já mostrámos que somos capazes de nos batermos com as melhores equipas do Mundo. Vai ser cada vez mais difícil, mas é possível. Quanto maior o número de equipas, maior a probabilidade. É preciso sorte no sorteio, nas lesões... Vamos ver. Que ganhe alguma, que seja o Sporting. Há equipas de outros campeonatos maiores com outra responsabilidade, mas os nossos adeptos em Portugal querem que se chegue às finais. Qualquer uma das equipas pode chegar à final e ganhar".

Interesse do Chelsea em Gyökeres, que no ano passado levou Enzo Fernández. Há substituto?
"Não pensamos nisso. Temos vindo a perder jogadores que eu acharia que seria difícil. Matheus, Porro, Viktor... Não perco horas sono nesse aspeto, perdia antigamente porque havia a ideia que tínhamos de vender, agora não, agora têm de pagar a cláusula. Se ele saísse jogaríamos de outra forma. Mas não me preocupa. Sabemos que ele teve tanto impacto, é muito forte fisicamente, a carregar a bola, mas tem muitas coisas a melhorar. Não temos nenhum substituto".

Como aguenta, dado o burburinho em torno da arbitragem, não falar? "Falo com alguém, quando entro no balneário, mas aqui não o faço porque sei que não vai mudar nada. Prefiro não falar e não entrar nesse jogo porque assim mantenho-me mais saudável. Fico revoltado como os outros mas aguento-me. Há certas linhas vermelhas que estabeleci para mim. No meu país não vou contribuir para a confusão. Os meus jogadores ficam revoltados comigo quando não os defendo, mas prefiro não arranjar desculpas. Não vou entrar na confusão, vou tentar fazer de forma diferente, fazer o meu trabalhinho. O presidente tem uma tarefa diferente da minha, o meu trabalho é apresentar resultados dentro do campo. Temos de estar no máximo todas as semanas, em Guimnarães no máximo teríamos ganho o jogo. Às vezes, a arbitragem tem influência, mas não vou falar nisso".

Catamo esteve no ginásio, está disponível para amanhã? "Geny não está apto, está fora. O Dani está de volta. St Juste continua igual".

O Sturm Graz não tem nada a perder, que espera do jogo?
Até onde pode chegar o Sporting na Liga Europa? "Tínhamos a obrigação de seguir em frente, pela grandeza do clube e pelo plantel que temos. Queríamos o primeiro lugar, não conseguimos mas passámos. Era a obrigação mínima. Estamos à espera de um adversário muito pressionante, vai querer ganhar o jogo. Tem jogadores fortes fisicamente, muito rápidos na frente, acho que vai ser diferente da primeira mão. Vão pressionar até à nossa baliza e temos de ter a capacidade de sair a jogar. Teremos de ter respostas diferentes. Mas poderemos ter mais espaços entre linhas, nas costas... Acho que será diferente".

Como é possível motivar os jogadores para este jogo quando está tudo definido, quando há um clássico segunda-feira? Farão eles contas que quem jogar amanhã pode não estar o jogo com o FC Porto?
"Todos os jogadores são inteligentes e fazem contas. O tempo entre os dois jogos dá para os recuperar. Todos os jogadores que forem titulares e estiverem no banco amanhã vão estar aptos para jogar com o FC Porto porque temos quatro dias. Há jogadores que vão jogar menos, outros precisam de mais tempo... Nenhum pode dizer que por jogar amanhã não jogará na segunda-feira. Toda a avaliação vai ser feita. Jogar os 90 minutos agora não quer dizer que não possam jogar na segunda-feira. Eles sabem o que fiz ao longo de três anos, eles sabem com o que contam. Temos de ganhar, jogar bem, só dessa maneira estarão aptos para jogar com o FC Porto. Há jogadores que sei que, fazendo um jogo no fim de semana, jogando na quinta-feira, no terceiro jogo da semana vão sofrer e essas são as únicas contas que eu fiz".

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