Karl-Heinze Rummenigge, antigo CEO do Bayern München, deixou duras críticas à Superliga Europeia, no período em que o Tribunal de Justiça da União Europeia vai tomar uma decisão. «Eu estava lá na noite em que anunciaram a Superliga. Eram doze clubes, tinham tentado convencer-nos a nós e a outros, estavam no ponto de rutura. Pensei: ‘E se eles fazem mesmo a revolução?’ Seria o caos», referiu numa primeira instância ao Gazetta dello Sport. «Estava no estádio do Bayern e o Ceferin mandava-me mensagens de cinco em cinco minutos a dizer: ‘o Chelsea, o Liverpool, o City retiraram-se’. Estava tudo acabado», acrescentou ainda. O antigo dirigente realçou as palavras proferidas pelo responsáveis dos die roten quando ocorreu o convite para a participação: «Eu, Uli Hoeness e o presidente Hainer dissemos: ‘Nunca connosco! Queremos ganhar, mas com regularidade’. O PSG também pensava assim.» Questionado sobre as consequências da finalização da Superliga, o ex-presidente foi prentório: «A Serie A tornar-se-ia a Serie B e a Bundesliga a segunda divisão. Competições pobres. E sabem porquê? Para prejudicar a Premier, que ganha mais dinheiro simplesmente porque é a melhor. Sobretudo os espanhóis quiseram prejudicá-la e inventaram esta prova. Adeus Juve-Cagliari, adeus Bayern-Bielefeld.» «A nova Liga dos Campeões com 36 equipas será ainda mais espetacular e aberta. Viram os festejos do Copenhaga? Para eles foi como se fosse Natal. Os habituais têm sempre de ganhar? Não no futebol. No futebol há o impensável, a emoção. Não é matemática. Ninguém na Alemanha iria para a Superliga, haveria uma revolução dos adeptos», rematou.