Santana Lopes elogia Montenegro e diz que PS deve pedir desculpa

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Pedro Santana Lopes foi a surpresa de hoje na convenção da Aliança Democrática (AD), à qual chegou já na reta final e com tempo para discursar, uma intervenção muito aplaudida e marcada pelos rasgados elogios a Luís Montenegro.

Admitindo que "a discordância faz parte da vida", o antigo primeiro-ministro defendeu que a questão fundamental é que "quando chega a altura do combate com os adversários" políticos, como é o caso das eleições, é preciso "pôr as divergências de lado" e ficar no exército "ao lado do líder" e seguindo a estratégia que este traçou.

Um dos aspetos mais elogiados por Santana Lopes foi o facto de Luís Montenegro ter agido "como um líder carismático e determinado" quando assumiu uma posição clara e disse que só governa "se ganhar as eleições" legislativas de 10 de março.

Foi neste momento que fez uma comparação entre o atual presidente do PSD e Sá Carneiro, ao enfatizar que "Luís Montenegro não hesitou" tal como Sá carneiro fazia.

A questão para Santana Lopes é como é que se pode fazer para que o PS não fique mais quatro anos no poder, considerando que os governantes socialistas "falharam tanto nos resultados que é óbvio que têm que ser substituídos".

"Como é que um Partido Socialista não pede desculpa, em primeiro lugar aos portugueses", questionou, criticando a situação em que os governos do PS deixaram a saúde, a educação, a habitação ou a Segurança Social.

Sublinhando que, apesar da ideia que se tenta passar, quem chamou a 'troika' para a intervenção em Portugal "foi José Sócrates e Teixeira dos Santos", o antigo primeiro-ministro aproveitou os elogios ao trabalho então feito na governação por Passos Coelho e por Paulo Portas "nesses tempos difíceis", para voltar a enaltecer Luís Montenegro.

Admitindo que "ser governo é muito difícil" numa altura daquelas, para Santana Lopes ser então líder parlamentar do PSD, como foi Montenegro "a dar a cara", "é muito, muito, muito difícil".

"Luís Montenegro fez um trabalho extraordinário onde provou a competência no conhecimento dos dossiês, o seu método, o seu rigor, sem uma falha", elogiou, considerando que o então líder parlamentar esteve "cheio de coragem" e "nunca olhou para trás" enquanto esteve ao lado Pedro Passos Coelho "a dar a cara" enquanto PSD/CDS-PP "salvava Portugal".

O antigo presidente do PSD - partido do qual está desfiliado desde que saiu para fundar o Aliança - não deixou de abordar um tema que marcou este encontro no Estoril, que foi a ausência de Passos Coelho nesta convenção da AD e disse: "A mim o Luís Montenegro convidou-me. Não é piada, eu explico porquê".

Santana Lopes antecipou que o presidente do PSD terá que fazer convites similares a outros ex-líderes do partido para se juntarem à campanha para as eleições legislativas de 10 de março, considerando que Montenegro irá gerir esses convites porque de facto "já houve muitos" presidentes do partido.

O atual presidente independente da Câmara da Figueira da Foz quis ainda desconstruir a ideia de que "Luís Montenegro não tem experiência de Governo".

"Quando Pedro Passos Coelho foi escolhido e eleito eu não acreditava nele e ele também não gostava muito de mim", disse, provocando muitos risos na sala e admitindo que teve "que engolir o que disse" e que tem "uma admiração" pelo antigo presidente do PSD.

Em 2018, depois de ter perdido a corrida interna à liderança do PSD para Rui Rio, Pedro Santana Lopes desfiliou-se do PSD para fundar então o partido Aliança, do qual saiu em 2021.

[Notícia atualizada às 20h50]

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