Sem tabus. CEO da Citroën não teme comparações com a Dacia

3 meses atrás 98

A Citroën está determinada em ajustar a sua posição no mercado, enfrentando todos os «medos» e assumindo-se como uma concorrente da Dacia.

A criação da Citroën está diretamente relacionada com as palavras “inovação” e “acessibilidade”, com modelos como o 2CV (1948) e o DS19 (1955) na sua génese. E agora, com a entrada do novo diretor-executivo em fevereiro, Thierry Koskas, a marca francesa parece estar agora bastante focada em redefinir a sua posição no mercado, usando alguns dos seus conceitos originais.

Desta forma, não é surpreendente que os modelos mais recentes da marca francesa, como o Citroën Ami, o C3 e o C3 Aircross ou mesmo o 100% elétrico ë-C3, por exemplo, tenham sido desenvolvidos com o objetivo de serem mais confortáveis, práticos e principalmente, mais acessíveis.

Citroën C3 Aircross dianteira 3/4© Citroën Citroën C3 Aircross

De acordo com Koskas, a marca deixou de ter «medo» de ser vista como uma concorrente direta da Dacia. Recorde-se que a marca romena, conhecida pelos seus modelos de preço mais acessível, se posicionou entre as 10 marcas mais vendidas na Europa em 2023 (com uma subida de 14,6% relativamente a 2022).

“Nós somos uma marca popular, e isso significa produzir carros mais acessíveis e simples, uma vez que realmente existe a necessidade do fazer. Não temos problemas em dizer que o C3 vai competir com a Dacia.”

Thierry Koskas, diretor-executivo Citroën

Os números de uma marca em crescimento

Desde o final do ano passado, a Citroën já aumentou a sua quota no mercado europeu de 3,3% para 4% no primeiro trimestre deste ano. Sendo que o seu objetivo é alcançar os 5% de quota na Europa (incluíndo países da Euroásia) até 2025.

Apenas em abril deste ano, a Citroën registou um aumento de vendas de 18,5% (EU+EFTA+UK) face ao mês homónimo do ano passado, de acordo com os dados disponibilizados pela ACEA. Isto, tendo em conta que o crescimento do mercado foi de apenas 12%.

A Citroën foi assim a segunda marca do Grupo Stellantis que mais automóveis comercializou em abril (32 862 unidades), ficando apenas atrás da Peugeot (50 801 unidades). E este é um valor superior ao registado pela Dacia, por exemplo, que no mês passado também teve um crescimento de 12,6%.

Citroën C3 traseira© Citroën

Neste contexto, os planos da Citroën incluem o aumento da sua oferta das versões 100% elétricas do C3 e do C3 Aircross, sendo que este último só será lançado em Portugal este verão. Enquanto isso não acontece, descubra tudo o que já sabemos sobre este modelo:

Segmento A não é um objetivo

Ao contrário de outras marcas — como a Dacia ou a Volkswagen — a Citroën pretende «evitar» o segmento dos citadinos (Segmento A) devido aos inerentes desafios de rentabilidade.

“Um citadino teria o mesmo custo de produção de um utilitário (Segmento B) mas teríamos de o vender por um valor inferior.”

Thierry Koskas, diretor-executivo Citroën

A «ofensiva» da marca do Double Chevron, após o lançamento do C3 Aircross elétrico, inclui o lançamento da segunda geração do C5 Aircross e a atualização dos C4 e C4X. Além disso, em gamas como a do Berlingo, por exemplo, vão regressar as motorizações a gasolina e Diesel.

Fonte: Automotive News

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