Sentimento económico na zona euro em fevereiro sugere que recuperação vai demorar

6 meses atrás 53

O índice compilado pela Comissão Europeia voltou a cair em fevereiro, contrariando a expectativa do mercado, isto apesar de uma melhoria nas perspectivas das famílias.

A recuperação económica da zona euro continua a atrasar-se, pelo menos a julgar pelo sentimento dos agentes europeus, que voltou a deteriorar-se em fevereiro, quando o mercado esperava nova melhoria. O índice de confiança da Comissão Europeia caiu para 95,4 depois de registar 96,1 em janeiro, muito à custa do sector empresarial.

O mercado apontava para nova subida após o recuo de janeiro, mês para o qual os valores inicialmente reportados foram marginalmente revistos em baixa de 96,2 para 96,1, mas a leitura de fevereiro contrariou as expectativas e mostrou o segundo mês consecutivo de recuos no índice. O sector secundário continua a mostrar os maiores problemas, mas o dos serviços até recuou de forma mais intensa.

O sentimento dos empresários da indústria mantém-se negativo, sinalizando uma expectativa de contração da atividade, e voltou a deteriorar-se em fevereiro, caindo de -9,3 para -9,5. Também o retalho e a construção permanecem em terreno negativo e com agravamentos em relação ao mês anterior, com -6,7 e -5,4, respetivamente, mas os serviços mostraram a maior queda.

O sector terciário é o único dos quatro que compõem o lado empresarial deste índice em situação de crescimento (ou seja, com uma leitura acima de zero), mas tocou mínimos de seis meses ao recuar 2,4 pontos para 6,0.

Em sentido inverso, a confiança dos consumidores melhorou, apesar de se manter como o segmento da economia com perspectivas mais negativas. O subíndice referente às famílias da zona euro subiu de -16,1 para -15,5.

Do lado dos preços, tanto consumidores, como produtores sinalizam aumentos nos próximos meses, dadas as leituras em terreno positivo, mas os subindicadores moveram-se em sentidos opostos. O índice relativo às expectativas dos consumidores subiu 3,5 pontos para 15,5, enquanto o dos empresários caiu ligeiramente, 0,6 pontos, para 3,8.

Por país, as quatro principais economias do bloco registaram quedas na confiança económica, com a Alemanha a assumir uma vez mais o valor mais baixo e as perspectivas mais deprimidas.

Ler artigo completo