Síria e Iraque. Bombardeamentos mataram ou feriram 40 militantes pró-Irão

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O porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono), Pat Ryder, adiantou estes números em conferência de imprensa, apontando que são uma estimativa inicial.

"As primeiras indicações são de que cerca de 40 militantes ligados a grupos pró-Irão foram mortos ou feridos em ataques dos EUA a sete instalações, que incluíram mais de 85 alvos que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão e milícias associadas usaram para atacar as forças americanas", detalhou o brigadeiro-general.

A resposta dos EUA na Síria e no Iraque seguiu-se a um ataque de 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) no final de janeiro por milícias pró-Irão na Jordânia, perto da fronteira com a Síria, que matou três soldados dos EUA e feriu outros 40.

"Os Estados Unidos continuarão a tomar as medidas necessárias para proteger o seu povo. Não hesitaremos em responsabilizar aqueles que ameaçam a segurança das nossas forças", garantiu o porta-voz do Pentágono.

Pat Ryder detalhou ainda que as conclusões preliminares indicam que nenhum iraniano morreu na operação de 02 de fevereiro.

Os Estados Unidos responsabilizaram pelo ataque na Jordânia a Resistência Islâmica no Iraque, uma vasta coligação de milícias apoiadas pelo Irão, e as autoridades disseram suspeitar de que o Kataib Hezbollah, em particular, o liderou.

Os EUA anunciaram esta quarta-feira que mataram um comandante do Kataib Hezbollah [Brigadas do Hezbollah, em português] durante um atentado à bomba no leste de Bagdade.

Segundo o Comando Central das Forças Armadas dos EUA (Centcom), este alto comandante foi "diretamente responsável" pelo planeamento dos ataques daquela milícia pró-iraniana contra forças dos EUA destacadas no Médio Oriente.

Bagdade criticou esta ofensiva e o Governo iraquiano anunciou hoje que vai retomar no domingo as conversações com os Estados Unidos para o fim da coligação militar internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Esta coligação internacional ajudou as forças de segurança iraquianas, e as Forças de Mobilização Popular um grupo de milícias pró-governo de facto integrado nas Forças Armadas iraquianas, a derrotar o EI, que ocupou parcialmente o país em 2014 e foi eliminado territorialmente em dezembro de 2017.

As bases desta coligação internacional em território iraquiano têm sido alvo de ataques de mísseis e 'drones' por parte de milícias xiitas iraquianas pró-iranianas desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

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