Síria inaugura primeiro projeto de infraestrutura após início da guerra em 2011

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Segundo a agência espanhola EFE, que cita o governador de Damasco, Tareq Krishati, este é o "primeiro projeto estratégico" em mais de uma década de guerra e faz parte "do processo de reconstrução" da Síria, devastada por um conflito que eclodiu em 2011, na sequência de protestos antigovernamentais.

O designado projeto "Mowasat", a oeste da cidade de Damasco, capital da Síria, consiste na construção de um túnel de 525 metros de comprimento e 16,5 de largura, com quatro vias de trânsito, assim como a reabilitação de áreas adjacentes e de uma praça com vários jardins, uma obra que representa um investimento de cerca de 70 milhões de liras sírias (cerca de cinco milhões de euros).

Segundo o governador de Damasco, o projeto foi desenvolvido graças às receitas geradas pela província e ao trabalho dos cerca de mil funcionários, que trabalharam nestas obras durante 11 meses.

A inauguração deste projeto foi feita pelo primeiro-ministro da Síria, Hussein Arnous, gerando uma grande expectativa, uma vez que está a ser entendido como um sinal de que o país está a regressar à normalidade, após anos de devastação.

As Nações Unidas estimam que a reconstrução da Síria ascenda a cerca de 450 mil milhões de dólares (420 mil milhões de euros).

A guerra, que matou quase meio milhão de pessoas e fez deslocar metade dos 23 milhões de cidadãos que constituíam a população do país antes do conflito, começou como protestos pacíficos contra o governo do Presidente Bashar al-Assad em março de 2011.

Os protestos -- parte das revoltas populares da Primavera Árabe que se espalharam por grande parte do Médio Oriente naquele ano -- foram recebidos com uma repressão brutal, e a revolta rapidamente se transformou numa guerra civil total, que foi ainda reforçada pela intervenção de forças estrangeiras em todos os lados do conflito.

O conflito complicou-se também devido a uma militância crescente, primeiro de grupos ligados à al-Qaeda e depois ao autoproclamado Estado Islâmico (EI) até à sua derrota, em 2019.

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