"É preciso regulação e é preciso que isso depois se expresse numa política de integração mais efetiva, para nomeadamente não criar zonas de insegurança, zonas onde as populações estão mais expostas a situações, enfim, que lhes dão um sentimento de insegurança que nós devemos obviar", defendeu o presidente do PSD, em declarações aos jornalistas em Elvas, no distrito de Portalegre.
Luís Montenegro, que falava durante uma visita à Cersul -- Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul inserida na campanha da Aliança Democrática (AD), foi questionado se concorda com o ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho, que na segunda-feira associou a imigração à insegurança.
"Eu admito que há algumas realidades que não são benéficas, porque não tratam da dignidade das pessoas, se nós tivermos as pessoas acomodadas e exploradas como acontece em algumas zonas", respondeu.
Luís Montenegro deu como exemplo "um episódio fatal em que duas pessoas morreram em Lisboa" e se constatou que "mais ou menos vinte pessoas" viviam "num espaço exíguo".
"Esse tipo de situação acaba por traduzir-se numa instabilidade tal dessas pessoas que, aos olhos de todos, nós tememos pela nossa segurança. É normal que isso aconteça", considerou.
"Eu não estou a dizer que as pessoas vêm do estrangeiro para Portugal têm essa tendência para criar problemas, mas criam um sentimento, quando não são bem integradas, e esse sentimento tem de ser combatido, como é evidente", acrescentou.
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