Sucesso eleitoral da extrema-direita na Europa pode comprometer ação da UE

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“Os êxitos eleitorais dos extremistas de direita na UE podem comprometer a ação conjunta em matéria de defesa, política de migração ou política comercial”, de acordo com ideia expressa esta terça-feira pelo presidente do Ifo, Clemens Fuest.

O “sucesso” eleitoral dos extremistas de direita pode comprometer a ação conjunta na União Europeia (UE): o alerta é feito esta terça-feira por Clemens Fuest, líder máximo do Instituto de Investigação Económica (Ifo), e foca-se sobretudo no crescimento eleitoral da extrema-direita nas últimas eleições europeias que decorreram no passado fim-de-semana.

“Os êxitos eleitorais dos extremistas de direita na UE podem comprometer a ação conjunta em matéria de defesa, política de migração ou política comercial”, de acordo com ideia expressa esta terça-feira pelo presidente do Ifo, Clemens Fuest.

Para este responsável, “a Europa só pode ser bem sucedida neste domínio se houver vontade de, ocasionalmente, pôr de lado os interesses nacionais e cooperar. Para ser justo, no entanto, é preciso dizer que a UE já teve sucessos muito limitados nesta área”.

Numa declaração proferida em Dresden, Clemens Fuest destacou que “na zona euro, os conflitos na política da dívida poderão intensificar-se. O nível muito elevado de endividamento em França e em Itália encerra um potencial de conflito. A reação atual nos mercados de capitais – o aumento dos diferenciais das taxas de juro entre a Alemanha, por um lado, e a França e a Itália, por outro – mostra que os investidores veem este risco”.

Fuest acrescentou ainda que “o domínio de partidos radicais como a AfD ou a BSW nos estados do leste da Alemanha obscurece suas perspetivas económicas, mesmo que esses resultados não sejam facilmente transferíveis para as eleições estaduais. As perdas dos Verdes e a fraqueza do SPD vão complicar ainda mais o trabalho do semáforo. Pode presumir-se que os partidos da coligação se concentrarão agora na campanha eleitoral para o Bundestag que se aproxima. Provavelmente, já não são de esperar grandes reformas de política económica para a localização das empresas”.

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