Supremo autoriza libertação de mafioso luso-holandês preso pela PJ

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O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deferiu o pedido de 'habeas corpus' (libertação imediata) apresentado pela defesa de Ícaro Leddy Gouveia, o operacional da 'Mocro Maffia' (grupo criminoso neerlandês) preso pela Polícia Judiciária (PJ) no início de julho.

Fonte oficial do STJ confirmou esta decisão, justificando-a com o facto de "ter sido ultrapassado o prazo máximo de prisão preventiva, 60 dias, previsto no âmbito de um mandado de detenção europeu", a que a PJ deu cumprimento para apanhar Ícaro Gouveia.

O CM sabe, entretanto, que o suspeito, de 48 anos, já saiu de Portugal, furtando-se assim a ser presente a um juiz dos Países Baixos.

Recorde-se, tal como o nosso jornal noticiou em primeira mão, que Ícaro Gouveia tem três nacionalidades: nasceu no Brasil, filho de imigrantes portugueses, e tem também nacionalidade neerlandesa.

Desde 2010 que a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico da PJ o perseguia em Portugal. Ícaro tinha lugar de destaque na maior rede de tráfico de droga dos Países Baixos, a 'Mocro Maffia'. O grupo domina o tráfico no Norte da Europa, e tem uma aliança com a Máfia dos Balcãs. É responsável por vários homicídios, e chegou até a ameaçar raptar a princesa herdeira do trono neerlandês.

Ícaro Gouveia foi preso num apartamento de luxo no Parque das Nações, em Lisboa. Era vizinho e cúmplice do albanês Arben Kaçorri, de 52 anos, também detido pela PJ. Procurado em Itália para cumprir 22 anos de homicídio, foi solto pela mesma razão que Ícaro Gouveia, mas voltou a ser detido pela Polícia Judiciária.

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