Um tribunal de recurso dos Estados Unidos reabriu, esta quinta-feira, um processo que acusava a banda de rock Nirvana de publicar pornografia infantil ao utilizar a fotografia de um bebé de quatro meses nu na capa do álbum "Nevermind", em 1991.
O Tribunal de Recurso do 9º Circuito dos Estados Unidos anulou a decisão de um tribunal de primeira instância de que Spencer Elden, o bebé retratado na capa, tinha esperado demasiado tempo para intentar uma ação judicial contra a banda, avança a Reuters.
"Este revés processual não altera o nosso ponto de vista. Vamos defender este caso sem mérito com vigor e esperamos prevalecer", afirmou Bert Deixler, advogado dos Nirvana, na quinta-feira.
O advogado de Elden, Robert Lewis, disse que o cliente está "muito satisfeito com a decisão e espera ter o seu dia no tribunal".
Elden, agora com 32 anos, processou pela primeira vez a banda e Universal Music Group em 2021, acusando-os de o explorar sexualmente usando a sua imagem na capa do álbum "Nevermind" e causando-lhe danos pessoais contínuos.
Entre os outros arguidos contam-se os membros sobreviventes dos Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, a viúva do falecido vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, e o fotógrafo Kirk Weddle.
A ação judicial teve origem na utilização pelos Nirvana de uma fotografia tirada por Weddle no Centro Aquático de Pasadena, na Califórnia, que mostrava Elden a nadar nu em direção a uma nota de dólar espetada num anzol.