Turismo rendeu investimentos de 860 ME em 2023 a Moçambique mas raptos afastam

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Moçambique captou 860 milhões de euros de investimento em 2023 na área do turismo, que continua a crescer, avançou hoje o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitindo que os raptos ainda são motivo de receio para os turistas.

"Continuamos a pedir a contribuição de todos para não assustar o turista. A contribuição de todos, de todos os moçambicanos. Por que acontece nas ruas, nas casas, nos estabelecimentos empresariais", disse Nyusi, na abertura, em Maputo, da 10.ª edição da Fikani, Feira Internacional do Turismo de Moçambique.

O chefe de Estado garantiu que o Governo está "comprometido" em resolver o problema, que assola o país desde 2011, nomeadamente empresários - estimativas de 150 empresários raptados neste período - que operam em Maputo.

"O Governo continua e está a trabalhar seriamente para combater este mal. E as medidas [...] estão a ser desenhadas", insistiu, destacando que a "garantia de segurança e tranquilidade" é necessária para Moçambique apresentar-se entre os "principais destinos turísticos" globais.

Na mesma intervenção de abertura da Fikani, que espera até domingo 6.500 participantes e mais de 220 expositores de vários países, incluindo Portugal, o Presidente moçambicano anunciou que o país recebeu no ano passado propostas, internas e externas, de investimento no setor, avaliadas em 940 milhões de dólares (860 milhões de euros).

"Isso é uma subida mais ou menos de 17%. Esta tendência promete boas perspetivas de médio e longo prazo da nossa economia. Isso simboliza para o reconhecimento inequívoco no mercado externo de Moçambique que Moçambique tem tido um percurso de concretizações na melhoria de condições para os investidores e dos índices de competitividade do nosso turismo", sublinhou.

Nyusi acrescentou que no atual mandato, desde 2020, até ao primeiro semestre deste ano, entraram em funcionamento em Moçambique 1.088 empreendimentos turísticos, que incluem hotéis e outras unidades de alojamento, estabelecimentos de restauração e bebidas e agências de viagens, "tendo contribuído para a criação de mais de 14.000 postos de emprego".

"A par disso, foi a atenção que se tem com o capital humano", assumiu, referindo a formação de 11.244 profissionais do setor: "Um fator importante para o acolhimento e oferta do turismo de qualidade".

O Presidente defendeu que Moçambique deve potenciar externamente áreas como a capital, o Parque Nacional de Maputo ou a Ponta de Ouro, ainda o arquipélago de Bazaruto e Inhambane (sul), ou os parques nacionais da Gorongosa ou de Chimanimani (centro).

Nyusi apontou ainda o turismo "como um dos pilares para a diversificação e aceleração da economia nacional".

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