União Europeia vai voltar a duplicar produção de obuses para a Ucrânia

Em entrevista à emissora France Inter, Thierry Breton reconheceu que um milhão "não é suficiente", mas que foi "o prometido" há um ano à Ucrânia, o que significa que essa promessa "foi cumprida".

Enquanto não aumenta a cadência de produção de obuses nos países da União Europeia, a solução alternativa para abastecer a Ucrânia, que sofre na frente as carências de projéteis face à Rússia, é o recursos a fabricantes extracomunitários.

Breton, que é também responsável pelas indústrias de defesa, indicou outros países, como a Coreia do Sul ou a Turquia, onde podem comprar-se esses obuses.

No início do mês, o Governo checo informou ter identificado cerca de 800.000 disponíveis em todo o mundo, dos quais apenas 500.000 de 155 milímetros de calibre, ou seja, de acordo com as normas da NATO, e outros 300.000 de 122 milímetros, com as normas soviéticas.

O comissário referiu-se às decisões do Conselho Europeu desta semana para reforçar a capacidade de armamento da UE e sublinhou que os 27 dedicam agora entre 240.000 e 250.000 milhões de euros aos seus objetivos de defesa, estando previsto que esse valor suba para 400.000 milhões.

Relacionou, sobretudo, estes números com os da Rússia, que no ano passado destinou 60.000 milhões para a defesa, ainda que isto represente uma parte muito mais importante do seu Produto Interno Bruto (PIB), cujo volume está "entre o de Espanha e o de Itália".

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