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Raphael Varane concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal francês L'Équipe, onde revelou, pela primeira vez, os motivos que o levaram a decidir colocar um ponto final na carreira de futebolista, aos 31 anos de idade.
O agora antigo defesa-central, que representou 'colossos' como Real Madrid ou Manchester United, assumiu ter passado por sérias dificuldades, especialmente, desde 2013, quando, mesmo lesionado, foi a jogo para ajudar a seleção a derrotar a Ucrânia, por 3-0, e apurar-se para o Campeonato do Mundo do ano seguinte.
"Não devia ter jogado. Depois da primeira mão [derrota, por 2-0, em Kyiv], estava preparado para deixar o estágio, porque o meu joelho não me deixava em paz. Estava a inchar, estava quente, e, depois do playoff, não joguei durante dois meses", começou por afirmar.
"Nesse dia, coloquei, claramente, a minha carreira em risco. França precisava de mim, o treinador precisava de mim, tinha de jogar, e assumi o risco. Retiraram-me o fluido, usei um anestésico... Tinha 20 anos e disse a mim mesmo 'Vá lá, isto é mau...'", prosseguiu.
"Estava perfeitamente ciente disso, mas não tenho arrependimentos. Por França, iria fazê-lo novamente (...). O joelho esquerdo tem compensado pelo direito desde 2013. Foi assim que encontrei equilíbrio no desequilíbrio. Por isso, se o joelho esquerdo me diz que está farto, tenho de o ouvir", completou.
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