"Hoje, a única coisa que eu gostaria de transmitir é um apelo forte a que as açorianas e os açorianos exerçam esse direito de votar, cumpram esse direito de votar, porque o que está em causa é o futuro dos Açores", afirmou Vasco Cordeiro, após ter exercido o direito de voto, na Junta de Freguesia de São José, em Ponta Delgada.
Vasco Cordeiro, que chegou acompanhado pela mulher, votou na mesa quatro, numa sala onde, na galeria dos presidentes, se encontrava, entre outras, uma fotografia do presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, também candidato ao cargo pela coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Aos jornalistas, o cabeça de lista pelos círculos eleitorais de São Miguel e de compensação, declarou-se bem-disposto, destacando que este é um dia "muito, muito importante para os Açores, para a autonomia dos Açores, para o futuro dos Açores".
"O meu apelo é que todas e todos os açorianos votem, exerçam esse direito, cumpram esse dever, porque o futuro de todos nós constrói-se também através do exercício do direito de voto", sublinhou.
Vasco Cordeiro, também líder do PS/Açores e que foi presidente do executivo regional entre 2012-2020, reconheceu ainda que a abstenção no arquipélago costuma ser alta.
"Independentemente de considerações técnicas sobre a abstenção, o apelo é esse, que votem", insistiu, adiantando ter exercido o direito de voto com espírito positivo e empenhado, e "com a expetativa de saber qual será a decisão dos açorianos".
Questionado sobre se está preocupado com os resultados eleitorais, Vasco Cordeiro respondeu negativamente.
"Nunca me preocupo com a vontade dos açorianos e com aquilo que eles dizem através do voto", declarou, assumindo que o facto de votar no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril tem um gosto especial.
O candidato, que vai passar o dia com a família, adiantou que "os açorianos são sábios, sabem o que é que está em causa e exercerão o seu direito e cumprirão o seu dever".
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para hoje, após o chumbo do Orçamento para este ano. Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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