Venezuela. ​Não há portugueses mortos ou detidos nos protestos

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30 jul, 2024 - 15:56 • Cristina Nascimento

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas José Cesário assegura estar a acompanhar a situação política do pais, onde os protestos de contestação aos resultados eleitorais já provocaram a morte a sete pessoas.

Não há portugueses ou luso descendentes entre as vítimas mortais, feridos ou detidos nos protestos pós-eleições na Venezuela.

“Até este momento não recebemos qualquer informação relativa a algum cidadão nacional que se tenha sido alvo de qualquer situação anormal, nomeadamente vítima em qualquer tipo de manifestação”, disse à Renascença o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

O governante adianta que também não receberam qualquer pedido de saída da Venezuela, esclarecendo que a comunidade portuguesa está naquele país “há muitos anos” e “já passou por muitas situações idênticas”.

“Na esmagadora maioria são luso-descendentes, ou seja, são cidadãos, na prática, venezuelanos que também têm nacionalidade portuguesa e que, portanto, estão na sua terra. Estou convencido que os pedidos de ajuda só poderão surgir em circunstâncias absolutamente extremas”, explica.

A representação diplomática portuguesa tem aconselhado os cidadãos nacionais a ficar em casa, depois das eleições presidenciais de domingo terem dado nova vitória a Nicolás Maduro, um resultado que tem sido contestado nas ruas.

Nestas declarações à Renascença, Cesário garante que há “um plano de contingência para a Venezuela, tal como para todos os países em que temos comunidades portuguesas em número minimamente significativo” que prevê “respostas em vários cenários, em várias circunstâncias”.

“Estamos a acompanhar a situação com toda a atenção para irmos gerindo esse plano. A nossa embaixada em Caracas, o senhor embaixador, os nossos cônsules-gerais estão em articulação permanente com várias pessoas da comunidade, em vários pontos do território. Também os cônsules honorários e eu próprio tenho estado em contato com várias pessoas de maneira a percebermos a evolução da situação”, revela.

Questionado sobre se está particularmente preocupado com a situação do país, o governante reconhece que a Venezuela “é um caso muito especial”, devido às “muitas centenas de milhares, porventura mais de um milhão, de luso-descendentes”.

“Isso leva-nos, naturalmente, a ter preocupações”, reconhece, mas acrescenta que “não há qualquer espécie de drama até ao momento, há calma entre a comunidade”, que está “a acatar as recomendações que têm sido dadas”.

“Aguardamos pela evolução dos acontecimentos”, remata.

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