Von der Leyen celebra, hecatombe em França, demissão na Bélgica

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10 jun, 2024 - 02:06 • Redação

Valérie Hayer, presidente do grupo liberal Renovar a Europa, já veio exigir uma clarificação de posição a Von der Leyen. Há meses que a questão no ar é: com quem se vai coligar o PPE?

Ursula von der Leyen apostou (muito) nestas eleições Europeias. A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) à Comissão Europeia congratulou-se, por isso, com a vitória do centro-direita. “Hoje é um bom dia para o PPE. Ganhámos as eleições europeias, meus amigos", disse.

Sem o PPE, será impossível formar uma maioria no Parlamento Europeu. “Em conjunto, vamos construir um escudo contra os extremos, da esquerda e da direita, vamos detê-los”, frisou.

Durante a campanha, von der Leyen passou por 17 Estados-membros da União Europeia (Portugal, inclusive) e 31 cidades em campanha.

Afirmou: "Somos o partido mais forte, somos a âncora da estabilidade.”

"Os eleitores reconheceram a nossa liderança durante os últimos cinco anos e esta é uma grande mensagem para todos nós", adiantou Ursula von der Leyen, prometendo que, a partir de segunda-feira, o PPE irá "trabalhar para a Europa, para os cidadãos europeus, e para cumprir a sua missão”, disse ainda.

Liberais exigem clarificação do PPE

Valérie Hayer, presidente do grupo liberal Renovar a Europa, já veio exigir uma clarificação de posição a Von der Leyen.

Há meses que a questão no ar é: com quem se vai coligar o PPE?

“Uma Europa mais forte num mundo em mudança só pode ser construído a partir do centro político”, disse Hayer. “Estamos dispostos a estar no banco do condutor de uma coligação europeísta se as nossas condições e ambições forem correspondidas. Prosperidade, segurança e democracia mais forte são as nossas palavras-chave.”

Hecatombe em França

Emmanuel Macron anunciou este domingo a dissolução da Assembleia Nacional. "Não poderei, no final deste dia, agir como se nada tivesse acontecido", declarou Macron, do Eliseu.

Para além dos resultados, desfavoráveis ao governo atual, também se soma "uma febre que tomou conta do debate público e parlamentar nos últimos anos", disse.

Marine Le Pen. dirigente do partido de extrema-direita francês União Nacional, reivindicou um resultado histórico nas eleições europeias e aprovou a dissolução do parlamento anunciada pelo Presidente, manifestando-se pronta para governar.

"Esta eleição histórica mostra que, quando o povo vota, o povo ganha", declarou Le Pen.

Demissão na Bélgica

O primeiro-ministro da Bélgica irá apresentar a sua demissão na segunda-feira, na sequência dos resultados das eleições europeias.

Num dos maiores meios de comunicação social belga, o L'Avenir, Alexander De Croo admitiu a derrota.

"Para nós, foi uma noite particularmente difícil. Perdemos. A partir de amanhã, serei um primeiro-ministro demissionário. Mas os liberais são fortes, voltaremos", prometeu.

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