Yamaha R9 – Todos os detalhes da supersport com motor CP3!

2 horas atrás 23

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A Yamaha entra numa nova era no segmento das motos desportivas e, tal como prometido, apresentou esta quarta-feira 9 de outubro a sua mais recente supersport: a R9! Esta proposta recebe todo o ADN dos modelos desportivos e de competição da casa de Iwata, mas eleva o patamar da performance de pista para uma moto que foi concebida para ser também explorada em estradas públicas.

Foram necessários muitos anos de espera desde que os fãs da marca japonesa e das motos desportivas primeiro começaram a sonhar com uma possível R9, logo após a estreia do popular e aclamado motor CP3 na MT-09.

Agora, e com a hypernaked perfeitamente consolidada no mercado e o motor tricilíndrico muito mais refinado e evoluído, a Yamaha decide, finalmente, apresentar a muito aguardada supersport R9, equipada com o mesmo motor da MT-09 e com um conjunto de argumentos técnicos e tecnológicos que lhe permitem tornar-se numa das grandes novidades para 2025.

Com um design claramente inspirados nos modelos desportivos da Yamaha como a YZF-R6 ou a YZF-R1, motos que, na Europa, apenas podem ser adquiridas para uso em pista. As asas e apêndices aerodinâmicos frontais derivam dos desenvolvimentos aplicados nas R6 e R1, sendo que a Yamaha realça que a R9 apresenta um coeficiente aerodinâmico ainda mais eficaz.

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Através de testes exaustivos em túnel de vento, os engenheiros conseguiram moldar a R9 de forma a oferecer menor resistência aerodinâmica (maximizando assim a velocidade máxima e a eficácia de aceleração) face à R6, apesar de a R9 ser maior na cilindrada, no radiador e na superfície frontal.

Esta eficiência foi conseguida através de novos elementos de design da carenagem frontal, enquanto os novos defletores aerodinâmicos, colocados logo abaixo das luzes, reduzem a elevação frontal e melhoram o contacto com a estrada.

Normalmente, a simples inclusão de defletores geraria maior resistência, mas após muitos testes, e de acordo com a marca japonesa, os efeitos adversos foram eliminados e o design final minimiza o coeficiente de arrasto, ao mesmo tempo que oferece ao condutor uma sensação de estabilidade na dianteira.

Os defletores reduzem a elevação da roda dianteira em 6-7% em linha reta e, quando combinados com o defletor dianteiro por baixo da entrada de ar em forma de M, este efeito é aumentado para cerca de 10% durante as curvas.

No coração desta desportiva encontramos o bem-conhecido e aclamado tricilíndrico que a Yamaha denomina de CP3, devido à utilização da tecnologia Crossplane.

O motor de três cilindros tem 890 cc, contando com refrigeração líquida, distribuição DOHC, 4 válvulas por cilindro e injeção eletrónica de combustível oferece ao condutor uma potência máxima de 119 cv.

O diâmetro e o curso de 78 mm x 62 mm e a taxa de compressão de 11,5:1 permitem à marca japonesa anunciar o que define como excelente binário e uma grande potência que, quando combinados com o controlo preciso proporcionado pelo sistema eletrónico de controlo do acelerador da Yamaha (YCC-T), otimizam a performance tanto em pista como na estrada.

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A relação final, os mapas de ignição e de injeção de combustível estão otimizados para um desempenho Supersport, tanto em pista como em estrada, em comparação com a hypernaked MT-09.

Refira-se também que a sonoridade proporcionada pelo motor de três cilindros tornou-se uma imagem de marca do CP3 ao longo dos anos, pelo que os engenheiros da Yamaha prestaram especial atenção à amplificação do som do motor para reforçar as emoções.

Em termos de ciclística, e a suportar todo o conjunto, encontramos um quadro em alumínio fundido por gravidade do tipo Deltabox, dupla trave, que viu a sua rigidez ajustada para proporcionar um desempenho desportivo.

Em comparação com os outros modelos CP3 da Yamaha, a rigidez do quadro da R9 é maior nas três direções: Torsional, longitudinal e lateral.

Ao aplicar espessuras e formas específicas em diferentes secções das traves, bem como através de orifícios maquinados, os engenheiros da Yamaha procuraram equilibrar a rigidez e a flexibilidade para proporcionar ao condutor elevados níveis de feedback e conforto de condução, mesmo nas situações mais extremas, como por exemplo uso em pista.

O peso do quadro é de 9,7 kg o que o torna no quadro mais leve alguma vez utilizado num modelo supersport da Yamaha. Este quadro leve contribui para que o peso total da R9, em ordem de marcha, seja de apenas 195 kg, o que permite ter uma excelente relação peso-potência.

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Do ponto de vista das suspensões, a Yamaha recorre a componentes mecânicos da KYB, com configuração específica para a R9 e que derivam dos elementos usados nas R1 Race e R1 GYTR.

A nova forquilha dianteira invertida KYB com bainhas de 43 mm foi totalmente redesenhada, contando agora com ajustes separados para a extensão e compressão nas bainhas esquerda e direita. Cada uma pode ser ajustada individualmente, com a bainha direita para a extensão e a esquerda para compressão, tanto de alta velocidade como de baixa velocidade.

Cada bainha da forquilha possui agora uma válvula na base, concebida para otimizar a pressão no cilindro, limitando ou mesmo anulando o fluxo de óleo para a parte inferior. Este novo desenho visa uma resposta de amortecimento melhorada, sensação de contacto mais apurada e melhor estabilidade global. Na forquilha é também aplicado um novo revestimento Kashima que escurece a cor ouro/bronze.

O amortecedor traseiro é ajustável em pré-carga, extensão e compressão. A nova configuração contribuirá para um amortecimento mais preciso e oferece um maior feedback da pista ou da superfície da estrada.

Continuando pela ciclística, e realçando que as jantes estão cobertas por pneus Bridgestone Hypersport RS11, podemos destacar a utilização de sistema de travagem Brembo. Este sistema inclui bomba principal da marca italiana, mas também as famosas pinças monobloco Stylema, com pistões de 30 mm.

A posição de condução foi especificamente pensada para oferecer um bom equilíbrio entre as necessidades de uma moto de pista e estrada.

Neste particular, referência para o assento posicionado a 830 mm de altura do solo, sendo que o condutor da R9 conta com todo um conjunto de comandos redesenhado para facilitar a utilização da moto, enquanto o painel de instrumentos é um TFT a cores de 5 polegadas, que permite conectar a moto ao smartphone através da app MyRide, permitindo assim que o condutor personalize os diferentes parâmetros da eletrónica ainda antes de colocar a moto a funcionar.

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E é precisamente o pacote eletrónico da nova Yamaha R9 que também merece um destaque muito particular.

Como seria expectável, a marca japonesa recorre a inúmeras opções e ajudas à condução para tornar esta supersport numa das propostas mais excitantes e modernas do segmento. Os modos de condução são três: Sport, Street e Rain.

Possuem definições de fábrica com diferentes níveis para se adequarem a várias condições e são complementados com a opção de dois modos Personalizáveis e com quatro modos para uso específico em circuito.

Isto permite a criação de definições específicas do YRC para se adequar a determinadas situações ou condições ao alterar o nível de intervenção eletrónica, como é o caso da entrega de potência (PWR), controlo de tração (TCS), controlo do deslizamento (SCS), controlo da travagem (BC), regulador da derrapagem traseira (BSR), efeito de travão-motor (EBM) e controlo de elevação (LIF) da roda dianteira.

Todas estas funções podem ser definidas diretamente através do painel de controlo YRC da R9 ou através da aplicação para smartphone MyRide da Yamaha.

Para um arranque de corrida perfeito, a R9 também dispõe de um sistema de controlo do arranque, que ajuda os pilotos no momento da partida. E para uso em pista, existe ainda a opção de desligar o ABS traseiro.

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A caixa de 6 velocidades é ainda mais fácil de utilizar graças à instalação do sistema quickshift de 3ª geração. Neste caso o sistema permite ao condutor optar por dois modos de funcionamento:  a definição 1 permite a engrenagem em aceleração (para relações superiores) e em desaceleração (para relações inferiores), enquanto a definição 2 também permite mudanças para relações inferiores em aceleração e mudanças para relações superiores em desaceleração, o que proporciona uma maior funcionalidade numa maior variedade de cenários.

Do pacote eletrónico fazem parte também o cruise control ou o sistema de limitador de velocidade, perfeito para usar em pista, ao entrar no ‘pit lane’.

Por último, podemos ainda destacar que a Yamaha R9 pode ser explorada como se fosse uma verdadeira moto de competição. Isto porque a marca disponibiliza o sistema Y-TRAC.

Derivada das corridas, a aplicação Y-Trac oferece a possibilidade de registar e analisar dados de pilotagem com tecnologia de nível profissional para todos os pilotos, desde os principiantes aos profissionais.

Com a aplicação Y-Trac é possível registar os tempos por volta e por setor, bem como os dados da moto, incluindo o ângulo de inclinação, as rotações do motor, a relação engrenada, a velocidade atingida, a posição do acelerador e os níveis de intervenção dos sistemas de ajuda eletrónica, como o controlo de tração.

A entrada de dados de localização GPS pode ser feita através do smartphone do piloto, mas se o condutor quiser utilizar uma unidade GPS na moto, o Y-TRAC pode ser ligado ao Garmin GLO2. O Y-Trac também oferece a opção de um ‘Pitboard Virtual’, onde a equipa do piloto pode enviar mensagens diretamente da box para o painel de instrumentos enquanto estiver na pista.

Os proprietários da R9 podem inscrever-se numa versão de avaliação gratuita da aplicação ou subscrever a versão premium.

A R9 2025 estará disponível nos concessionários oficiais da Yamaha nas cores Icon Blue e Tech Black, e prevê-se que esteja disponível para entrega a partir de março de 2025. Quanto ao preço, aguardamos ainda que a Yamaha Motor Portugal confirme qual o valor desta novidade que tanto interesse tem despertado.

Galeria de fotos Yamaha R9

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