“60% do que é vendido em Portugal é vendido em promoção”, diz presidente da FIPA

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Jorge Tomás Henriques sublinha que “estamos em promoção permanente”, ao mesmo tempo que a resolução dos problemas deveria ser “questão central” na economia nacional.

Num contexto de elevada competitividade na economia portuguesa, “quase 60% do que é vendido em Portugal é vendido em promoção, ou seja, estamos em promoção permanente”, afirmou Jorge Tomás Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares.

O responsável da FIPA esteve presente num dos painéis da conferência organizada esta quarta-feira que assinala o 8.º aniversário do Jornal Económico. Neste painel foi debatido o estado dos setores agroalimentar e da distribuição.

Jorge Tomás Henriques não tem dúvidas de que, neste contexto, “resolver os problemas da competitividade” no setor agroalimentar “devia ser uma questão central da economia portuguesa e, por consequência, do legislador português”, salienta.

O próprio diz que o mercado português é “pequeno, com uma porta de entrada estreita” e sublinha a importância de que se produza “mais para o mercado interno”, de forma a evitar “importar desnecessariamente produtos que se produzem em Portugal ou se podem produzir em Portugal”, atirou.

Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), esteve também presente, em representação daquele setor. Sublinhou que, ao nível da produção agrícola e agroindústria, “há uma enorme liberdade de escolha” sobre as marcas, entre aquelas que são marcas próprias e marcas de indústria.

Sobre a política fiscal portuguesa e as negociações referentes ao Orçamento do Estado para 2025, o próprio referiu que “era muito mais interessante que se colocasse dinheiro no orçamento das famílias e se baixasse o IRS como deve ser”, assinalou.

Nessa medida, a carga fiscal em Portugal é “absolutamente pornográfica.”

Lobo Xavier sublinhou ainda as dificuldades que atravessa o setor do retalho alimentar português que regista uma margem média “entre 2 e 3%”, sendo que estes valores estão presentes “em todos os relatórios de contas das empresas” daquele segmento.

Olhando para o futuro, o diretor-geral da APED destacou a importância de que haja “uma indústria forte”, a par de “uma agroindústria que todos os dias nos motive e nos leve a alargar a liberdade de escolha”, com opções diversificadas entre os vários players.

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