A diferença que faz um valente susto...

8 meses atrás 62

O Gil Vicente está nos quartos de final da Taça de Portugal (3-1). Frente a um destemido e até então invicto Amarante, os Galos precisaram de apanhar um susto enorme já nos últimos dez minutos para fechar a eliminatória em definitivo. Miro estreou o marcador, Leandro levou os adeptos visitantes à loucura, com Rúben Fernandes e Martim Neto a descansarem de vez os adeptos minhotos. 

As vozes dos muitos amarantinos ainda estremeciam no massivo apoio à equipa que se fez sentir no pré-jogo, quando os Galos obrigaram o seu público a saltar da bancada. Marlon e Leonardo Buta ligaram o jogo à esquerda, deixando para Maxime Dominguez a decisão de definir entre o cruzamento e o remate. Nada egoísta, o suíço descobriu a grande surpresa de Vítor Campelos para a partida, Miro, e este encostou para o 1-0.

Surpreendido pelo traquejo dos primodivisionários, o Amarante arrepiou caminho em busca da reação, apesar da diferença de valores que se começava espelhar, sobretudo na forma como os gilistas conseguiram controlar a maior parte dos momentos de jogo.

Ainda assim, os amarantinos foram capazes de criar incómodo junto da baliza de Andrew, com Ká Semedo a dispor da melhor ocasião nas barbas do guardião brasileiro dos minhotos. 

Até perto do intervalo, o Gil controlou o desafio e não foi em busca de duplicar a vantagem de forma muito vincada. Mantinha-se notória a diferença de escalões, mas com o aproximar do descanso, o Amarante tornou-se cada vez mais destemido. Mesmo sem grande perigo, a turma de Renato Coimbra foi capaz de ocupar espaços mais adiantados, fruto das ações com bola dos homens do miolo - Toquinho e Zangré -, bem como pela pressão dos seus avançados em cima da defensiva gilista.

Cheirou a Taça

Na segunda parte, o filme da partida não mudou muito, o Gil manteve a gestão levada a cabo nos 45' iniciais e o Amarante aproveitou para intranquilizar a equipa minhota.

Algumas recuperações no meio-campo defensivo gilista iam galvanizando jogadores e adeptos amarantinos, mas o momento da definição no último terço foi sempre traiçoeiro para os forasteiros.

Sem muitas ocasiões de golo flagrante - o remate de Murilo foi exceção -, o Amarante viria a chegar ao empate já dentro dos últimos dez minutos do tempo regulamentar. Né Lopes perdeu a bola de forma displicente em cima da área gilista e Leandro Santos não se fez de rogado. O tiro em arco do avançado luso teve tanto de perfeito como mágico, terminou no ângulo da baliza de Andrew e espoletou a loucura no talvez milhar e meio de adeptos da equipa do Campeonato de Portugal.

Contudo, como se de um pesadelo acordasse, os Galos partiram rumo à baliza visitante e selaram a eliminatória. Rúben Fernandes fez o 2-1 no primeiro toque na bola e Martim Neto fechou em beleza com um vistoso pontapé de bicicleta que deitou por terra o sonho do Amarante.

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