A soberania de Arthur

8 meses atrás 78

O Benfica está nos quartos de final da Taça de Portugal! Não se esperava uma tarefa fácil, depois de um sorteio que colocou a águia perante a equipa que a eliminou da última edição da Prova Rainha, mas a equipa de Roger Schmidt esteve à altura da ocasião e empurrou um candidato para fora da corrida com uma vitória por 3-2.

Foram necessárias duas reações encarnadas, uma em cada parte, para contrariar Zalazar, que quase governou a Luz. Os dois golos do médio minhoto foram insuficientes para travar um Benfica inspirado pela melhor versão de Arthur Cabral, o melhor em campo.

Sorriso minhoto apagado em instantes

Quis a sorte que os oitavos de final contassem já com um duelo pesado, daqueles que tiram do caminho, quiçá prematuramente, um dos candidatos à conquista do troféu. Já tinha sido assim na temporada passada, quando o SC Braga eliminou o Benfica nos quartos, via penáltis, mas desta vez foi na Luz, o que só redobrou a sede de vingança dos encarnados.

Assim se juntaram, às 20h45 de terça-feira, duas das equipas mais consistentes de Portugal. A da casa, embalada com cinco vitórias consecutivas e 10 jogos sem perder, entrou com muito engenho ofensivo, mas rapidamente sofreu um enorme revés: golo bracarense. Foi Zalazar que beneficiou de um desvio de Otamendi para fazer o seu segundo golo em solo luso, num canto estudado que deliciou Artur Jorge.

Os minhotos pareceram bem mais confortáveis em vantagem do que nos sete minutos inaugurais, evitando aproximações do Benfica e deixando o relógio avançar com tranquilidade, devido a várias paragens por lesões menores, mas esse conforto não durou para sempre. Nem sequer até ao intervalo, já que o Benfica, de rajada, virou o marcador do avesso...

Aos 42 minutos, uma dupla que já tinha brilhado no fim de semana: Kokçu no passe para a profundidade e Rafa, pelo terceiro jogo consecutivo, na desmarcação e finalização. O checo que defende a baliza bracarense nas Taças, Hornicek, nem teve tempo de reagir ao empate e poucos segundos depois já deixava entrar - pelo meio das pernas - o remate de Arthur Cabral. 2-1, acompanhado de uma justificada explosão nas bancadas. 

O novo estado do Rei Arthur

A primeira parte acabou com aquilo a que os adeptos encarnados conhecem como cinco minutos à Benfica. Os mesmos adeptos relaxaram ao intervalo, no conforto de quem já serviu uma vingança gelada, mas a segunda parte tratou de mudar esse sentimento...

Novamente nos primeiros minutos, novamente a partir de um canto e novamente Rodrigo Zalazar, mas com maior nota estética à segunda! O uruguaio chegou à Luz com um golo em 26 jogos pelo SC Braga, mas isso não o impediu de bisar com uma imparável bomba, que ainda bateu na trave antes de entrar na baliza de Trubin.

A equipa visitante ainda ameaçou voltar virar o marcador num par de ocasiões, até uma camisola encarnada questionar a autoridade de Zalazar em solo lisboeta. Foi Arthur Cabral, na sua melhor versão. E quem o censura por se chegar à frente, em boa forma e perante uma das suas vítimas prediletas? Certamente nenhum adepto da casa, ao ver o camisola 9 embalar em lances perigosos até, aos 70 minutos, assistir de calcanhar o 3-2 marcado por Aursnes.

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