"As populações estão indignadas, porque no exato ano em que se comemoram 50 anos do 25 de Abril estamos a retroceder ao nível da saúde", disse à agência Lusa Isabel Almeida, representante das Comissões de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu.
Segundo Isabel Almeida, a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão-Lafões não estava presente quando foram entregar o abaixo-assinado à sua sede, no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, mas ficou acordada a marcação de uma reunião para breve.
No abaixo-assinado, que começou a circular em outubro do ano passado, é exigido "que se reponha desde já o horário normal de funcionamento" do Serviço de Urgência Básica (SUB) de São Pedro do Sul, "com a permanência dos médicos, dos enfermeiros e dos técnicos de saúde estipulados nos respetivos quadros de pessoal clínico".
Isabel Almeida contou que, nos últimos tempos, o que acontece é que "se houver médico, o serviço está aberto, se não houver, está fechado".
"Nem as pessoas, nem os bombeiros, sabem muito bem com o que podem contar", lamentou.
Esta unidade de cuidados primários serve as populações dos concelhos de São Pedro do Sul, Vouzela, Oliveira de Frades e parte de Castro Daire, num total de cerca de 48 mil residentes, "dos quais 25% não têm médico de família".
"Quer para as situações de efetiva emergência ou urgência, quer para as de resposta aos utentes sem médico de família, o SUB é a unidade de saúde de primeira resposta aos habitantes de Lafões e aos seus visitantes", é referido no documento.
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