Agência de notação financeira Fitch mantém `rating` de Moçambique em CCC+

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O `rating` de Moçambique "reflete os elevados níveis de dívida pública, a fraca gestão das finanças públicas, o baixo PIB per capita, finanças externas fracas, fracos indicadores de governação e uma situação de segurança desafiante", escrevem os analistas na nota divulgada esta noite.

No anúncio da decisão, a Fitch Ratings escreve, por outro lado, que "as robustas perspetivas de crescimento a médio prazo, apoiadas pelo desenvolvimento do setor do gás natural liquefeito, o acordo de 456 milhões de dólares [423 milhões de euros] com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2022 e a natureza concessional da dívida pública externa, com baixos custos do serviço de dívida, dão algum sustento à credibilidade do crédito".

A Fitch não atribui uma perspetiva de evolução da economia, conhecida como `outlook`, a países que têm um rating de CCC`, o terceiro acima do Incumprimento Financeiro, ou `default`.

Na análise, a Fitch diz esperar um crescimento económico "forte relativamente aos pares" com o mesmo `rating`, antecipando uma média de 4,5% neste e no próximo ano, que compara com uma expansão de 5,9% no ano passado.

"O forte crescimento de 2023 foi motivado pela expansão da produção na plataforma flutuante Coral South, da Eni, que começou a produção no final de 2022 e chegou a 90% da capacidade no terceiro trimestre do ano passado", explica a Fitch, acrescentando que o regresso da TotalEnergies a Cabo Delgado terá um efeito positivo no crescimento da economia moçambicana já este ano.

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