Associação 25 de Abril recorda "civil de abril" António-Pedro Vasconcelos

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Numa nota enviada aos associados, o presidente da A25A, Vasco Lourenço, lamentou hoje a morte de António-Pedro Vasconcelos, recordando a "permanente e intensa intervenção cívica, sempre ao serviço da Liberdade, da Paz e da Cidadania".

O autor de filmes como "O Lugar do Morto" e "Os Imortais" morreu em Lisboa, "a poucos dias de completar 85 anos de uma vida maravilhosa", revelou hoje a família, em comunicado.

Segundo a Associação 25 de Abril, António-Pedro Vasconcelos deixa por cumprir "o seu maior projeto de cineasta", que é a série "Conspiração", "que estava a realizar para integrar as Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril".

"Terminar essa obra constituirá certamente uma grande homenagem que o António-Pedro bem merece", escreveu Vasco Lourenço.

Referindo-se a António-Pedro Vasconcelos como um "civil de Abril", a associação também lembrou que o realizador fez a série "A Voz e Os Ouvidos do MFA", "a obra que lhe abriu as portas ao conhecimento e paixão sobre 'como se chegou ao 25 de Abril de 1974'".

Nascido em Leiria em 10 de março de 1939, António-Pedro Vasconcelos foi realizador, produtor, crítico de cinema e professor, tendo fundado o Centro Português de Cinema, como indica a biografia patente na Academia Portuguesa de Cinema.

A par do cinema, tendo assinado vários êxitos de bilheteira, como "O lugar do morto" (1984), "Jaime" (1999), "Os imortais" (2003) ou "A Bela e o Paparazzo" (2010), António-Pedro Vasconcelos também foi cronista e comentador televisivo, nomeadamente no programa "Trio d'Ataque", na RTP.

Outro dos campos de intervenção do realizador foi na Associação Peço a Palavra, que dirigiu e através da qual se bateu publicamente contra a privatização da TAP.

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